Os trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Salvador estão na rua mobilizados, pedindo a demissão do Secretário de Educação, Marcelo Oliveira. Na assembleia, realizada nesta segunda-feira (07/02), em frente à Prefeitura de Salvador, seguindo os protocolos sanitários, a categoria decidiu aprovar estado de greve. A assembleia foi finalizada com uma grande caminhada dos professores até o Terreiro de Jesus.
Os profissionais são contra a redução de turmas das EJA e a remoção de professores especializados do Ensino Fundamental 1 e 2. A APLB sindicato apresentou ao secretário de educação uma pauta de reivindicações emergencial para que o ano letivo possa iniciar plenamente com professores e alunos nas escolas. Para tanto, será necessário que garanta o cumprimento dos itens emergenciais com prazos para a sua concretização, bem como a manutenção do diálogo para tratar de toda a pauta.
Hoje e amanhã, os professores paralisam suas atividades e desenvolvem um calendário de lutas preparatório para a greve.
Hoje (08/02) – 9H – Feira de Denúncias, na Praça Cairú, no Comércio.
QUARTA-FEIRA (09/02) – Acompanhamento da reunião com o secretário Marcelo Oliveira. Caso não seja confirmada, será organizada uma manifestação no Ministério Público, às 10h.
Veja a pauta de reivindicações
- Redefinir os protocolos sanitários nas escolas, considerando os altos índices de contaminação e as altas taxas de ocupação nos leitos de UTI adulto e pediátrico no nosso município;
- Envio à Câmara de Vereadores, em regime de urgência, Projeto de Lei que aumenta o quantitativo de vagas do Quadro Efetivo do Magistério Municipal para fins de mudança de nível dos professores e coordenadores pedagógicos;
- Instalação da Comissão de negociação setorial da educação da Campanha Salarial 2022 para tratar do reajuste salarial no percentual de 33,28%, já oficial, bem como os demais pontos da pauta de reivindicações;
- Manutenção dos professores licenciados nas disciplinas Educação Física e Artes nas turmas iniciais do Ensino Fundamental I;
- Manutenção das turmas da EJA que foram fechadas e nucleadas com a reabertura das matrículas inclusive a manutenção das turmas das Classes Hospitalares;
- Instituir um novo modelo de Sistema de Monitoramento e Avaliação, enterrando definitivamente o atual SMA;
- Definição dos critérios de Avaliação de Desempenho, com vistas à mudança de referência prevista na carreira do Magistério;
- Desjudicializar a ação sobre o auxílio alimentação que foram retirados dos trabalhadores em educação durante a pandemia, buscando o diálogo e a negociação para uma solução mais ágil;
- Nenhuma sanção contra a categoria;
A AEPET-BA declara apoio à luta dos trabalhadores em educação da Rede Municipal de ensino. Não ao desmonte da escola pública. Em Salvador, a volta às aulas presenciais neste momento de disparada dos números de casos de Covid-19, por conta da variante Ômicron, coloca em risco de morte os alunos e trabalhadores em educação. Além disso, a Prefeitura deve respeitar a categoria e aceitar as reivindicações.
Foto: APLB sindicato