Depois da definição do novo presidente da Petrobrás, a companhia reiniciou, nesta segunda-feira (27), os processos de venda da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.
A venda desses ativos estava parada desde 2021, após o baixo interesse das empresas, mas a turma de Bolsonaro e Paulo Guedes insistem no entreguismo, sendo que das oito refinarias colocadas à venda, metade ainda não saiu do papel.
O plano de desinvestimento em refino da Petrobrás representa, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado. 10% dessa capacidade é representada pela RLAM – Refinaria Landulpho Alves, vendida no ano passado.
De acordo com o Jornal O Globo, o prazo original acordado com o Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que “regula a concorrência”, para vender as unidades acabou no fim do ano passado, mas foi renegociado, mas o calendário foi mantido em segredo.
A Petrobrás contratou o Citigroup Global Markets Assessoria para esse processo de entreguismo das refinarias. A estatal informa que os interessados precisam se manifestar até o dia 15 de julho.
O plano de Bolsonaro já fez as entregas da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), da Refinaria Gabriel Passos (Regap), da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), bem como os ativos logísticos dessas refinarias.
2 de julho, dia de luta nas ruas!
O Fórum em Defesa da Petrobrás, Petros e AMS participará do Desfile do 2 de julho, em Salvador. A concentração dos petroleiros será a partir das 7h, no posto de gasolina, na Lapinha.
Com bandeiras em defesa da Petrobrás, que está sendo ameaçada de privatização pelo presidente Bolsonaro e o ministro de Economia, Paulo Guedes, os petroleiros vão pedir o apoio da população para essa luta. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também está contra a Petrobrás.
Na Bahia, já sabemos o desastre que é a privatização. A venda da Refinaria Landulfo Alves (RLAM), pela metade do preço, para o grupo Mubadala Capital, fundos dos Emirados Árabes, já penaliza severamente a população baiana, que sofre com os maiores preços dos combustíveis do país.