Enquanto o governo Bolsonaro busca privatizar a Petrobrás e entregá-la ao interesse privado, a França anuncia nacionalização da energia.
Em discurso para a Câmara dos Deputados, na quarta-feira (06), a primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, afirmou que vai nacionalizar completamente a empresa EDF – Électricité de France.
A EDF é uma companhia de energia, de economia mista, assim como é a Petrobrás, onde o estado detém a maior parte das ações da empresa. No caso da França, o governo controla 84% das ações da estatal.
“Posso confirmar hoje que o Estado pretende controlar 100% do capital da EDF”, disse Borne.
O objetivo do governo francês é reestruturar as dívidas da empresa, num momento em que diversos países da Europa atravessam uma crise energética. Além disso, garantir a soberania francesa durante a guerra na Ucrânia e dos desafios que se aproximam.
A EDF é uma das maiores empresas de serviços públicos da Europa. A nacionalização é a aposta do país para amenizar o impacto do aumento dos preços de geração e a perspectiva de uma interrupção do fornecimento de gás russo.
Enquanto isso, no Brasil, o governo Bolsonaro nada faz para sair da grave crise econômica acentuada com a guerra na Europa, com problemas no abastecimento de alimentos, remédios, sem contar a elevação no preço do barril de petróleo – que impacta no preço dos combustíveis. A política de preços dos combustíveis tem sido o problema mais grave enfrentado por Bolsonaro e prefere entregar a Petrobrás a resolver o problema.
Elisabeth Borne, a primeira-ministra, não especificou se a nacionalização será feita por meio de legislação especial ou por meio de licitação pública para compra de acionistas minoritários e não forneceu prazo.
(Com informações do G1)