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Assim como já fez na Bahia, a Petrobrás ameaça sair do estado do Rio Grande do Norte, privatizando os campos da Bacia Potiguar. A denúncia partiu do diretor do Sindipetro-RN, Pedro Lúcio Góis, que usou o perfil no Twitter para informar que 100% de 22 campos da Bacia Potiguar serão vendidos para a 3R Potiguar S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A.

Essa venda, feita em janeiro, decreta o fim das atividades da Petrobrás no estado. A Bahia já passou por isso, quando a empresa arrendou a FAFEN-BA; vendeu os campos terrestres, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), Transpetro; fechou a sede administrativa, em Salvador, e encerrou as atividades, deixando um cenário de terra arrasada. 

Os presidentes da AEPET-BA e Abraspet, Marcos André e Raimundo Lopes, respectivamente, ingressaram com ação popular contra a venda dos campos terrestres. 

Entidades entram com ação popular contra venda de campos terrestres da Petrobrás na Bahia (clique aqui)

Agora, o plano da companhia é não ter mais nenhum petroleiro no Rio Grande do Norte até abril de 2023.

“Nesta segunda-feira (30), a Petrobrás deu início ao seu Plano de Pessoal para demissão ou transferência dos petroleiros concursados lotados no RN. A expectativa da estatal é de transferir ou demitir todos os trabalhadores até abril de 2023. O Plano sela a saída da estatal do nosso Estado”, revelou o diretor do Sindipetro-RN, Pedro Lúcio Góis.

Serão mais de 550 trabalhadores transferidos para outros estados até o próximo ano. No total, desde o encerramento dos investimentos da Petrobrás no RN, serão mais de 10 mil vagas de empregos fechadas.

“Nessa última fase, serão afetados mais de 550 trabalhadores próprios, tendo sido transferidos ou demitidos mais de 2800 no total desde o início dos processos de privatização em 2017. Dentro dos trabalhadores terceirizados serão mais de 4000 postos de trabalho reduzidos nessa última fase, totalizando mais de 10000 desde o início das privatizações”, completou Pedro.

A AEPET-BA, seguirá acompanhando o caso e presta solidariedade aos petroleiros potiguares, que estão passando por esse momento de tensão e incerteza sobre o futuro da Bacia Potiguar.

(Com informações do Blog do Barreto)

 


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