Unidade e Resistência. É muito importante manter a unidade da categoria e resistir bravamente à chantagem da empresa que ameaça aplicar unilateralmente a nova CLT e Acordos Individuais de Trabalho (AIT) nesta campanha salarial.
Mas a unidade da categoria que foi mostrada em todo o país, nas assembleias, foi essencial para pressionar a gestão da empresa a prorrogar o Acordo Coletivo de Trabalho e retomar as negociações.
Nesta quinta-feira (01), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgaram nas redes sociais que a Petrobrás respondeu à solicitação de retomar as negociações e concordou em reunir-se com as representações sindicais das federações na segunda-feira, 05, em horários distintos.
As federações tinham encaminhado ofício com o resultado das assembleias, que rejeitaram amplamente a proposta da Petrobrás. No documento, as entidades também cobraram a continuidade da negociação coletiva, a prorrogação da vigência do atual ACT e a manutenção da data-base.
Além da intensificação das mobilizações, as assembleias referendaram a retomada das negociações com priorização das reivindicações mais relevantes para a categoria.
Inclusive, a FNP já tinha começado a agir de acordo com o que foi aprovado nas assembleias. O setor Jurídico entrou com protesto pela manutenção da data-base, que normalmente se faz nos últimos dias próximos ao fim da sua validade e aguarda retorno do Judiciário.
Na terça (31), a FNP enviou ofício à Petrobrás, solicitando a prorrogação do ACT e agendamento de reunião para a continuidade da negociação.
Bahia rejeita contraproposta
Na Bahia, a assembleia realizada no sábado (27/08), no Clube 2004, em Armação, com massiva participação da categoria, rejeitou a terceira contraproposta da Petrobrás e aprovou os indicativos do Sindipetro-BA e da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
O presidente da AEPET-BA, Marcos André, manifestou sua indignação com o comportamento do RH da Petrobrás na campanha salarial e apresentou algumas propostas, que foram aprovadas. Uma delas foi a realização de uma greve nacional, caso fracassem as negociações e o RH retire direitos, são inegociáveis os direitos já previstos no nosso ACT e o retorno ao custeio da AMS 70 X 30.
Novas intimidações da Petrobrás merecem o repúdio da categoria. Circula uma informação que vem sendo divulgada pelos gerentes de que a empresa suspenderá o Vale Refeição no dia 25 de setembro. A notícia divulgada pela FUP indignou petroleiros e petroleiras.
Por isso, é importante continuar mobilizados e acompanhar as negociações. É fundamental pressionar para garantir direitos fundamentais como o custeio da AMS (70% x 30%) e a margem consignável em 13%.
Só conquista quem luta!
(Com informações da FNP e da FUP)