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Em memória ao companheiro João Paulo de Souza Lima, que morreu há um mês, no dia 19/04, mais uma vítima das transferências compulsórias.

A política implementada pelas gestões anteriores da Petrobrás causou impactos negativos entre os petroleiros e petroleiras. Foram seis anos muito difíceis de ataques sistemáticos à categoria e degradação do ambiente de trabalho. Junto com isso, a política de destruição da diretoria da empresa promoveu o fechamento, arrendamento e venda das unidades da empresa.

No Nordeste e na Bahia, os gestores, sem nenhum constrangimento, praticaram assédio moral organizacional, assédio sexual e outras ações persecutórias que acabaram provocando piora na saúde física e mental dos empregados (as).

Nesse sentido, as transferências involuntárias estão entre as ações da direção da empresa que mais danos causaram à saúde dos empregados

O colega João Paulo de Souza Lima, que faleceu há um mês, no dia 19/04, foi mais uma vítima dos cansativos bate-volta. O técnico de manutenção, natural de Sergipe e lotado em São Paulo, deixou dois filhos, esposa, e motivos para continuarmos a lutar por uma política que priorize a saúde e o bem-estar dos petroleiros e petroleiras.

 

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Centenas de trabalhadores, como o colega, continuam sendo transferidos para outros estados, longe de seus parentes e amigos, ficando sem o suporte familiar, tão importante como órgão de apoio a saúde. No bate-volta, os petroleiros viajam semanalmente para cumprir dois dias de trabalho presencial, tornando a rotina ainda mais desgastante.

A situação desses companheiros e companheiras necessita de solução imediata dos novos gestores. É necessário ter alternativas que minimizem a situação dos trabalhadores que foram transferidos compulsoriamente. As entidades da categoria petroleira, entre elas a AEPET-BA, e as federações, FNP E FUP, já apresentaram sugestões ao presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, ao gerente do RH, Felipe Freitas e ao diretor de refino e gás natural, William França, que amenizariam os danos causados pelas movimentações.

Como solução mais imediata, foi proposta a implementação do teletrabalho integral pelo período de 90 dias, enquanto é estudada uma solução definitiva. Outras propostas são a flexibilização da jornada presencial dos empregados que estão em teletrabalho e que seja realizada na unidade do Sistema Petrobrás mais próxima da sua residência; priorização de uma solução para os casos mais críticos de trabalhadores que estão em sofrimento físico e mental, inclusive os de áreas operacionais; compensação financeira para os transferidos que não puderem retornar ao seu local de origem.

Propostas que já estão com o RH da empresa. Os trabalhadores e trabalhadoras estão cansados e adoecidos.

Reiteramos que as transferências realizadas pela Petrobrás não podem fazer mais vítimas. Os petroleiros e petroleiras merecem condições de trabalho que não desgastem a saúde mental e é dever da Petrobrás garantir a integridade física e psicológica dos seus trabalhadores.

 

Mobilização Nacional

A AEPET-BA, convida a categoria, ativos, aposentados e pensionistas a participarem da mobilização nacional, na terça-feira (30/05), a partir das 8h, em frente ao Edifício Torre Pituba, no Itaigara, em Salvador. Vamos lutar para pedir soluções definitivas para os problemas que enfrentam os petroleiros e petroleiras.

Pelo fim dos equacionamentos na Petros; extinção da APS e retorno da AMS ao RH da Petrobrás, dialogando sobre custeio, transparência e desburocratização para manter a rede credenciada de saúde; reabertura do Torre Pituba e seguir na luta pelo retorno voluntário dos empregados e empregadas que foram transferidos fora da Bahia e implementação imediata de teletrabalho integral para àqueles que estão no bate-volta e longe da família.

Participem do grande ato pela reconstrução da Petrobrás, da Petros e de nossa AMS

#ReconstruiraPetrobráséReconstruiroBrasil


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