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Homenagens e muita descontração marcaram o jantar comemorativo realizado pela AEPET-BA, na noite de segunda-feira (29/05), no Clube 2004, em Salvador. O evento integra o calendário de atividades comemorativas dos 65 anos da Escola de Geologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Na ocasião, a AEPET-BA comemorou também o dia do Geólogo, deu o pontapé inicial das ações dos 70 anos da Petrobrás e rendeu homenagens aos valorosos petroleiros que participaram da histórica greve de 1983, que em 07 de julho fará 40 anos.

O presidente da AEPET-BA, Marcos André, e a Diretora de Comunicação, Érika Rebello Grisi foram os anfitriões da noite. Érika destacou a esperança nas mudanças que deverão acontecer na Petrobrás na nova gestão de Jean Paul Prates e pediu para que a categoria continue mobilizada para que elas aconteçam de fato.

Marcos André lembrou que a AEPET-BA é uma entidade que congrega a força de trabalho e o corpo técnico da Petrobrás e, por isso, a parceria com o Instituto de Geociências da UFBA nas comemorações.

O primeiro homenageado da noite foi o então presidente do Sindipetro, em 1983, Germino Borges. Ele recebeu a placa em nome da categoria e dos petroleiros que participaram da greve, inclusive associados da AEPET-BA. O aposentado agradeceu a homenagem e falou sobre os momentos marcantes da greve, no auge da ditadura militar.

A greve foi deflagrada para reivindicar direitos dos trabalhadores das estatais. “Dos sete sindicatos dos petroleiros no país, que tinham confirmado a greve, apenas os companheiros da RLAM e de Campinas deflagaram o movimento”, lembrou Germino.  Após a greve, na Bahia, foram demitidos 198 companheiros e a diretoria cassada pelos militares. Em Campinas foram 158 demitidos. A luta dos trabalhadores conseguiu a reintegração de todos os demitidos, mas restam algumas anistias políticas.

O geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Guilherme Estrella, foi o segundo homenageado da noite, pelos relevantes serviços ao Brasil e à Petrobrás. Estrella é formado em 1964 pela Escola Nacional de Geologia (atual UFRJ) e pertence à primeira geração de geólogos no Brasil. Ingressou na Petrobras em 1965, onde ficou praticamente toda sua carreira profissional, atuando no Brasil e no exterior.  Dentre suas descobertas, destacam-se as reservas de óleo e gás natural, conhecidas como Pré-Sal, em Bagdag (Iraque) e no Brasil, nas bacias de Campos (RJ) e Santos (SP). Seu desenvolvimento profissional se funde com a história da Petrobrás.

Estrella também recebeu uma placa. Na sua fala, ele lembrou momentos marcantes na história do país, como o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, quando o governo foi usurpado a mando de interesses não brasileiros. “Esse golpe acabou com o marco regulatório do pré-sal que tinha a Petrobrás como única operadora”, disse Estrella.

Defendeu que a Petrobrás volte a ser uma empresa estatal e o retorno de todos os ativos vendidos, inclusive na Bahia. Destacou, ainda, o papel da AEPET-BA na defesa da Petrobrás e dos interesses nacionais.

Após as homenagens, o cantor Lula Magalhães e sua banda animou a festa.

Participaram do evento, além dos associados e associadas, a coordenadora do colegiado da Escola de Geologia, professora Ana Virgínia de Santana; a Presidenta da Sociedade Brasileira de Geologia, Simone Cerqueira Pereira Cruz; Associação Baiana de Geólogos, Vinicius Schirmer e representantes das entidades que integram o Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás, Petros e AMS: ASTAPE-BA, Sindipetro-BA, Abraspet e CEPEs.


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