Em assembleia, no sábado (30/10), trabalhadores associados ao Clube dos Empregados da Petrobrás – CEPE Salvador, em Stella Maris, decidiram que vão ocupar, junto com seus familiares, as dependências do local caso a empresa mantenha a decisão de querer de volta o terreno.
Cerca de 400 associados se reuniram na quadra poliesportiva do Clube para encontrar alternativas contra a notificação encaminhada pela Petrobrás à diretoria, em julho. O prazo dado pela Petrobrás para desocupar o Clube vence agora em novembro.
Na assembleia, os sócios decidiram aprovar, ainda, a contratação de um escritório de advocacia para ingressar com ações judiciais para reverter a decisão da empresa.
Outra proposta aprovada foi reunir associados e representantes das 34 instituições sociais que são beneficiadas pelo clube para um abraço coletivo simbólico. As entidades representativas dos petroleiros também se comprometeram a participar. Serão criados núcleos de bairros em defesa do Petroclube, como é conhecido o CEPE Salvador.
A diretoria do Cepe também vai procurar as comissões de meio ambiente da Assembleia Legislativa da Bahia e da Câmara de Vereadores de Salvador, uma vez que o terreno do clube está localizado em uma Área de Proteção Ambiental (APA).
Estavam presentes na assembleia representantes do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Federação dos Clubes de Empregados da Petrobras (FCEPE), Associação dos Engenheiros da Petrobrás, Núcleo-Bahia (AEPET-BA), Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas da Petrobras da Bahia (ASTAPE-BA) e a Associação Brasileira dos Anistiados Políticos do Sistema Petrobrás (ABRASPET).
Desde que o problema se tornou público, a diretoria do CEPE Salvador vem recebendo a solidariedade das entidades dos petroleiros. A função social do clube é reconhecida no estado e já beneficiou pessoas e crianças de 34 entidades. São ações solidárias importantes e durante a pandemia já distribuiu 10 toneladas de alimentos, além de agasalhos e material de higiene e limpeza.
Da AEPET-BA estavam presentes, na assembleia, o presidente, Marcos André, e a diretora de comunicação, Érika Grisi. A Associação se manifestou completamente contra essa ação nefasta da atual gestão da Petrobrás nomeada pelo governo Bolsonaro e ofereceu apoio ao CEPE e os associados.
A destruição do CEPE integra as ações da saída da Petrobrás da Bahia. Por isso, precisamos lutar não só pela manutenção do CEPE, mas também pela retomada da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), os portos, os poços, a FAFEN-BA, a Biodiesel e as áreas administrativas. Nós, baianos, não abrimos mão da Petrobrás e lutaremos neste e no próximo governo pela retomada do patrimônio do povo brasileiro na Bahia e no Brasil.










