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Manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro reuniram cerca de 420 mil pessoas em várias cidades do país, neste sábado 29 de maio. A estimativa foi do coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, uma das entidades que organizaram os atos. Protestos ocorreram em 227 cidades do país e do exterior.

Apesar de reunir milhares de pessoas, o movimento contra Bolsonaro não repercutiu na imprensa, no domingo, com exceção da Folha de São Paulo. Por conta disso, internautas criticaram a mídia oficial brasileira.

Houve manifestação também em Salvador (BA). Os manifestantes se concentraram no Largo do Campo Grande, por volta das 10h, e seguiram em caminhada até a Praça Castro Alves. Na manifestação, muitos cartazes criticaram o governo, chamando Bolsonaro de genocida, em alusão à responsabilidade que lhe cabe na condução da crise sanitária que já resultou na morte de quase meio milhão de brasileiros desde o início da pandemia do coronavírus.

O movimento também foi pela vacinação da população e pelo auxílio emergencial de R$ 600.

Ainda segundo a CMP, apenas no Twitter, a hashtag #29MForaBolsonaro recebeu 1.828.048 postagens e 841 mil RTs.

Violência

Em Pernambuco, a Polícia Militar agiu com truculência e muita violência, reprimindo a manifestação pacífica. A líder do PT na Câmara Municipal do Recife, a vereadora Liana Cirne Lins (PT-PE) foi vítima de um jato de spray de pimenta no rosto ao tentar dialogar com policiais militares. Ela defendeu que é preciso “enfrentar o bolsonarismo dentro das corporações militares do País”.

Durante a repressão da PM, dois homens que não participavam da manifestação foram alvejados nos olhos. O trabalhador autônomo Daniel Campelo da Silva, 51 anos, perdeu o olho esquerdo neste, após ser atingido por uma bala de borracha disparada por um policial do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco.

É muito grande o descontentamento com o governo Bolsonaro e por conta da pandemia, os movimentos populares evitam manifestações presenciais e aglomerações. Mas, não dá mais. O Brasil vive seu pior momento. Há fome, falta de vacina, aumento constante nos preços dos alimentos e nos combustíveis e privatização de empresas públicas como a Petrobrás, Eletrobrás e Correios. A situação está tão grave, que o povo, tomando os devidos cuidados sanitários, decidiram ir às ruas protestar.

 


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