Vendida para a iniciativa privada no último ano do governo de Jair Bolsonaro, a Eletrobras é a maior empresa do setor elétrico da América Latina com 125 usinas de geração de energia elétrica (51.125 MW) sendo 95% de base hidráulica. A empresa pública, que já tem mais de 60 anos de história, deixou de ser controlada pela União Federal por R$ 96,6 bilhões e desde então diversos setores da sociedade civil organizada e categorias de trabalhadores e trabalhadoras lutam pela reestatização da Eletrobras.
Uma das medida é o lançamento de uma manifesto, com assinatura online, que propõe o cancelamento da privatização da Eletrobras, elencando uma série de problemas que a venda da estatal vai gerar aos consumidores brasileiros, dentre elas, o aumento da conta de energia elétrica. “Praticamente todas as cadeias produtivas e setores têm na eletricidade um insumo básico, assim, desde o preço do arroz até o dos automóveis vai aumentar por conta da política antinacional e antipovo de Bolsonaro”, destaca o manifesto.
A AEPET Bahia, além de apoiar o manifesto e a reestatização da Eletrobras, mobiliza todos seus associados e, respectivos, familiares a se juntar a esta luta coletiva contra a privatização e a favor de uma política de desenvolvimento nacional que preserve e valorize os bens públicos do povo brasileiro.
Vale destacar que durante a campanha eleitoral, Lula afirmou ser contra a privatização da antiga estatal e depois de eleito, o Gabinete de Transição na área de Minas e Energia se declarou favorável à reversão da venda da Eletrobras, que ocorreu quatro meses antes da eleição, segundo informações do site Brasil de Fato.
“Energia elétrica não é um produto qualquer, não é algo que se possa substituir, que se possa viver sem, que se possa escolher outro fornecedor. Por mais exorbitantes que sejam os preços, os consumidores só terão duas escolhas. Pagar ou ficar no escuro. Mas não é só na conta que o cidadão vai sentir as consequências da privatização”, destaca o manifesto.
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