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Conselheira do CA, Rosangela Buzanelli, fala sobre o aumento de preços do preço do gás, no Amazonas, devido à privatização da Reman, Refinaria Isaac Sabbá, em Manaus. Situação parecida vivida pelos baianos que continuam pagando muito caro pelos combustíveis e gás de cozinha. Leia a seguir:

A Reman, Refinaria Isaac Sabbá, em Manaus (AM), foi privatizada em dezembro, no final do governo passado. Faz pouco tempo, é verdade, mas o suficiente para refinaria se tornar hoje a recordista do gás de cozinha mais caro do Brasil.

Um levantamento feito pelo Observatório Social do Petróleo (OSP) mostra que a Reman, que hoje se chama Ream (Refinaria da Amazônia), vende o botijão de gás de 13 quilos a um valor 37% superior ao cobrado pelas refinarias da Petrobrás. E o seu preço é 14% mais caro do que o da Refinaria de Mataripe, na Bahia.

O detalhe é que antes de ser privatizada, a refinaria de Manaus vendia o GLP (gás liquefeito de petróleo) 0,8%, em média, mais barato do que as outras refinarias da estatal. Mas desde que passou a ser gerida pela iniciativa privada cobra, em média, quase 30% a mais do que as refinarias da Petrobrás e 10% mais caro do que a unidade de refino baiana.

A Ream fornece gás de cozinha para os estados do Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Acre e Roraima e todas essas localidades estão na lista dos 10 maiores preços de GLP do país, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Hoje, o consumidor de Roraima é quem paga mais caro pelo botijão no Brasil.

Os fatos são lamentáveis, mas não surpreendentes. A Ream segue o manual da privatização: cria-se a narrativa de que privatizar aumenta a concorrência e abaixa os preços, vende-se o patrimônio público já amortizado e a preços questionáveis e, de fato, cria-se monopólios privados regionais, que propiciam a alta dos preços, impactando a economia e prejudicando a população brasileira. Conhecemos bem esse filme, é dos mesmos autores da Reforma Trabalhista vai gerar empregos, etc…

O roteiro é o mesmo da Refinaria de Mataripe, que opera de forma privada desde dezembro de 2021, cobrando preços mais altos do que as refinarias estatais. Agora, Mataripe tem uma concorrente à altura e disputam quem venderá mais caro. Essa concorrência não interessa ao povo e ao Brasil. Uma triste realidade.

Privatizar faz mal ao Brasil!

 


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