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Uma aeronave da empresa Líder Aviação, precisou fazer um pouso forçado próximo à plataforma de gás Manati, na região do baixo-sul do estado. Os trabalhadores petroleiros foram encaminhados para hospitais em Salvador

Na manhã desta quarta-feira (16), um helicóptero da empresa Líder Aviação (terceirizada da Petrobrás), precisou fazer um pouso forçado na baía de Camamu, próximo ao campo de Manati (plataforma de gás), na região do baixo-sul do estado. A aeronave levava 13 pessoas. De acordo com o Sindipetro-BA, o piloto da aeronave, que chegou a ser resgatado, morreu e uma vítima está em estado grave.

A Petrobrás não revelou a identidade da vítima fatal, assim como dos outros doze tripulantes e nem informou se as pessoas eram funcionárias da empresa ou terceirizadas.

Ainda sobre as outras 11 pessoas, elas foram resgatadas com ferimentos leves, não correm risco de morte e estão recebendo atendimento médico em Salvador. Duas aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) fizeram o resgate das vítimas. Algumas foram levadas para o HGE – Hospital Geral do Estado e outras para o Hospital Aliança, na capital baiana.

O helicóptero partiu do Aeroporto Internacional de Salvador e estava a caminho da Plataforma de Manati (PMNT-1), quando precisou fazer o pouso forçado. Era momento da troca de turno dos funcionários e a turma que ocuparia o expediente seguinte já teria sido dispensada pela Petrobrás. O Sindipetro em entrevista ao portal Bahia Notícias, informou que a aeronave envolvida no acidente era alugada e fazia voos diários cumprindo essa função.

Cenipa faz os primeiros trabalhos de investigação

As equipes da Cenipa – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, foram acionadas para realizar as investigações envolvendo o trágico acidente com o helicóptero que levava os empregados da Petrobrás e terceirizados ao campo de Manati, precisando fazer um pouso forçado antes do destino. De acordo com o Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), a primeira etapa consiste em “identificar indícios, fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, ouvir relatos de testemunhas e levantamento dos documentos”.

Dependendo da complexidade do caso, não há um prazo definido para que essa primeira etapa seja concluída. No site da Anac – Agência Nacional de Aviação Civil, consta que o helicóptero é de fabricação da Sikorsky Aircraft e estava em situação regular até 18 de agosto de 2022, ou seja, apto a operar o serviço – segundo informações do Registro Aeronáutico Brasileiro, em levantamento feito pelo portal Bahia Notícias. De acordo com a Petrobrás, eram 11 passageiros e dois tripulantes, dentro dos limites de capacidade da aeronave.

A AEPET-BA lamenta este grave acidente, envolvendo os trabalhadores da empresa e se solidariza com a família e amigos do piloto, neste momento tão difícil. A entidade vai continuar acompanhando as investigações do fato, na medida do possível, e oferece apoio aos trabalhadores petroleiros envolvidos no acidente, inclusive para receber denúncias sobre condições de trabalho e de descumprimento ao SMS. Essas denúncias serão encaminhadas aos órgãos competentes como o Ministério Público da Bahia e auditores fiscais do trabalho.

A privatização fatiada da empresa, na Bahia, a precarização das condições de trabalho devido à venda dos ativos e a chegada de empresas privadas para administrar as unidades em desinvestimentos – que não priorizam o SMS para ter mais lucro – colocam em risco a vida dos trabalhadores petroleiros e agridem o meio ambiente. A vida dos trabalhadores deve estar acima do lucro.  

(Com informações do G1 Bahia, Sindipetro-BA e Bahia Notícias)

 

 


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