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Na terça-feira (18/10), quatro centrais sindicais da França, entre elas a CGT, convocaram uma greve geral, contra o arrocho salarial e os ataques ao direito de greve. Os trabalhadores também são contra a reforma previdenciária anunciada pelo governo Macron.

Mais de 300 mil trabalhadores participaram das mobilizações e caminhadas por todo o país. Em Paris, no final da caminhada houve confronto com a polícia.

O objetivo das centrais sindicais é ampliar para outras categorias o movimento grevista que começou com os petroleiros. Desde o dia 21 de setembro, a categoria decidiu pela grave, paralisando as refinarias francesas.

Segundo as agências internacionais de notícias, seis das oito refinarias francesas estão paradas, levando a um racionamento de combustíveis, pois 30% dos postos do país já estariam sem gasolina e diesel.

Os trabalhadores da Exxon Mobil iniciaram a greve que se alastrou para as refinarias da TotalEnergies, paralisando as unidades petroquímicas da França.

Os sindicatos reivindicam reajuste salarial acima da inflação, que está em 6,2%, e denunciam as multinacionais por se beneficiarem com superlucros gerados pela alta dos combustíveis, enquanto aumentam a exploração sobre os trabalhadores.

No primeiro semestre deste ano, a Total registrou lucro líquido de US$ 10 bilhões (o equivalente a R$ 53 bilhões) e a Exxon Mobil lucrou US$ 18 bilhões (cerca de R$ 96 bilhões). Apesar do lucro, as empresas oferecem reajustes salariais muito abaixo do que está sendo reivindicado pelos sindicatos franceses.  A Total, por exemplo, ofertou 5% e a Exxon, 6,5%.

Os sindicatos reivindicam, em média, 10% de reajuste salarial.

A AEPET-BA manifesta solidariedade aos trabalhadores franceses, em especial, os petroleiros que estão em luta por melhores salários e mais dignidade.


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