O brasileiro não aguenta mais os prejuízos das políticas econômicas ultraliberais do governo Bolsonaro. E sente no bolso, os aumentos dos preços. Desde terça-feira (06/07) vigora o novo aumento da Petrobrás no preço de venda da gasolina e do diesel às distribuidoras. É o oitavo aumento dos preços dos derivados realizado este ano pela empresa e o primeiro sob a gestão do general Joaquim Silva e Luna. Desde janeiro, a gasolina e o diesel já acumulam reajustes nas refinarias de 46% e 40%, respectivamente, após as alterações de preços.
O gás de cozinha (GLP) aumentou 38%, após a Petrobrás ter realizado seis reajustes de preços ao longo deste ano. O botijão passa a custar R$ 3,40 por quilo. O gás de 13 quilos custa, em média, R$ 85,00 no país. Na Bahia, em alguns bairros, as revendedoras ameaçam cobrar acima de R$ 100,00.
Um aumento muito acima da inflação acumulada no período, que deve ficar em torno de 4% no primeiro semestre, segundo projeções do mercado (de janeiro a maio, o IPCA acumulado é de 3,22%). Enquanto milhões de pessoas estão desempregadas e tentam sobreviver em meio à crise sanitária sem auxílio do governo, tudo aumenta, menos o salário. Segundo o Dieese, o salário mínimo deveria ser R$ 5.351,11, mas o valor pago atualmente é de apenas R$ 1.100,00.
Na Petrobrás, o presidente, general Silva e Luna, mantém a mesma política de preços e os derivados são vendidos a preços internacionais e a custo de importação. Os consumidores brasileiros estão sendo bastante prejudicados, pois é baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), política de reajuste dos derivados de petróleo que foi implantada em 2016 no governo Temer e mantida pelo governo Bolsonaro.
Greve dos caminhoneiros
O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) convocou uma greve dos caminhoneiros para o próximo dia 25, após o preço do diesel voltar a subir. Através de carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro, o grupo defendeu a taxação de exportações de petróleo e a utilização do mesmo para reduzir impostos sobre os combustíveis.