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Os trabalhadores petroleiros ativos, aposentados e anistiados participaram ativamente da retomada do Desfile do 2 de julho, em Salvador. Por conta da pandemia, há dois anos não se realizava a festa cívica, que comemora 199 anos.

O povo baiano, que jamais aceitou tiranias, resiste à entrega da RLAM ao monopólio privado exercido pelo fundo árabe Mubadala, que vende os combustíveis mais caros do Brasil.

“Assim como os nossos compatriotas marcharam em 1823, os petroleiros estão nas ruas, agora 199 anos depois exigindo o fim do PPI, a retomada de todo o patrimônio da Petrobrás na Bahia. Foi, na Bahia, que jorrou petróleo pela primeira vez, no poço de Lobato, construímos o primeiro poço comercial, em 1941, o Candeias 1, ainda hoje em produção, e a primeira refinaria nacional do Brasil: a RLAM. Por isso, somos contra a saída da Petrobrás na Bahia.” afirmou o presidente da AEPET-BA, Marcos André.

Foi impressionante a participação do povo, representado pelos estudantes, sindicatos, trabalhadores e movimentos populares, que manifestaram publicamente seu descontentamento com o governo Bolsonaro.

Bem cedo, pela manhã, os petroleiros se concentraram na Lapinha e acompanharam o início do Cortejo, com a saída do Caboclo e da Cabocla, símbolos da luta pela Independência do Brasil, na Bahia.

Portando faixas e pirulitos com frases em defesa da Petrobrás, contra a venda da RLAM e dos ativos em solo baiano, e a política de preços da empresa, os trabalhadores percorreram quase três quilômetros. A iniciativa foi do Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás, Petros e AMS.

As camisas na cor laranja, símbolo da força de trabalho da Petrobrás, deram um colorido especial ao Cortejo. Nem a chuva, que caiu em diversos momentos, tirou a disposição dos trabalhadores, aposentados e anistiados.

O presidente da Abraspet, Raimundo Lopes, que tem 84 anos, era um deles. Anistiado, foi perseguido durante a ditadura militar por defender a Petrobrás e demitido em 1964, agora novamente está na linha de frente em defesa da empresa. Ele é exemplo de luta, junto com outros trabalhadores aposentados e anistiados.

Após o desfile, por volta das 12h, os petroleiros seguiram para o evento, na Arena Fonte Nova, chamado de “Grande Ato da Independência”, e que contou com a participação da chapa à presidência da República Lula/Alckmin.

No local, foi estendida uma faixa pela retomada da RLAM.

“Aqui estamos como símbolo de unidade da categoria petroleira, para comprometer os políticos pela retomada da nossa RLAM e todos os ativos da Petrobrás vendidos na Bahia e no Brasil”, afirma Erika Grisi, diretora de comunicação da AEPET-BA.

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