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Com participação dos trabalhadores petroleiros – ativos, aposentados e anistiados – aconteceu na manhã de sexta-feira (29), o protesto contra a saída da Petrobrás da Bahia e os preços abusivos nos combustíveis e gás de cozinha, convocado pelo Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás. O ato aconteceu na área externa da sede administrativa da Petrobrás, Torre Pituba, em Salvador.

Estiveram presentes no movimento, o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Rosemberg Pinto; o deputado estadual, Hilton Coelho (PSOL); o diretor da CUT-BA, Leonardo Urpia; o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar e representantes das entidades que integram o Fórum: AEPET-BA, ASTAPE-BA, ABRASPET e Sindipetro-BA.

A concentração dos trabalhadores começou às 7h. Por volta das 9h, os petroleiros ocuparam as escadarias da entrada do Edifício Torre Pituba, portando faixas, bandeiras e pirulitos.  Foi um ato simbólico foi para demonstrar a resistência dos trabalhadores para continuar lutando contra o desmonte da Petrobrás, no estado, e os ataques aos direitos da categoria.

Desde janeiro, depois das alterações no custeio e nas regras de participação, os trabalhadores estão sofrendo descontos abusivos no plano de saúde AMS. Na Bahia, o Sindipetro teve sentença favorável da Justiça do Trabalho para reduzir a margem consignável em 13%, como determina o Acordo Coletivo de Trabalho, mas a empresa vem postergando a execução.

Durante o ato, sindicalistas e parlamentares dividiram o microfone para denunciar os governos Temer e Bolsonaro que vêm destruindo unidades estruturais da Petrobrás, na Bahia. Arrendou a Fábrica de Fertilizantes (FAFEN-BA) para a Proquigel Química, depois a saga destruidora avançou pelo fechamento dos campos terrestres, a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), o fechamento da sede administrativa, em Salvador, a venda de gasodutos, usinas termelétricas, parques e tanques. O governo também já vendeu empresas subsidiarias como a BR Distribuidora, TAGs, a Petrobrás Combustíveis (PBio) e a Transpetro.

Além disso, em nível nacional, os petroleiros ameaçam uma greve, caso Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, persistam na proposta de um projeto de lei que autorize a União a entregar ao mercado financeiro as ações da Petrobrás que ainda restam sob controle do Estado brasileiro.

“Resistiremos. Estamos nas ruas, na luta para retomar o patrimônio do povo brasileiro, retomar a soberania nacional. Os preços dos combustíveis e do gás de cozinha precisam ser justos para toda a população, de norte a sul, deste Brasil e, por isso, defendemos uma nova política de preços dos derivados do petróleo”, afirmou o presidente da AEPET-BA, Marcos André dos Santos.

O povo da Bahia, protagonista na produção e no refino de petróleo brasileiro, não aceita a saída da Petrobrás do estado. É preciso retomar a empresa na Bahia, gerando: desenvolvimento industrial, preços justos dos derivados, empregos e renda para a população.

O deputado Rosemberg Pinto anunciou que vai encaminhar à Assembleia Legislativa, a pedido do Fórum, a realização de uma audiência pública, em fins de novembro, para comemorar os 80 anos da produção comercial do petróleo e gás na Bahia com a descoberta do poço Candeias 1, no recôncavo baiano.

O ato foi encerrado com a palavra de ordem: Defender a Petrobrás é Defender o Brasil.


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