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Empregados da Petrobrás lotados no prédio administrativo do Conjunto Pituba se reuniram, mais uma vez, com a diretoria da AEPET-BA, na noite desta quinta-feira (06/05). A reunião contou com a participação da assessoria jurídica da entidade e teve como objetivo discutir alternativas para se contrapor à pressão da empresa em transferir os trabalhadores até 1º de julho.

É uma corrida contra o tempo. A Petrobrás, no olho do furacão da pandemia, na pior fase da contaminação pela Covid-19, insiste em transferir os empregados lotados na Bahia para o Rio de Janeiro e, para isso, decidiu mudar as regras no meio do jogo, como denunciam eles.

Em novembro de 2019, foi assinado um acordo entre a Petrobrás e o Ministério Público do Trabalho da Bahia, assegurando a possibilidade de continuar trabalhando em Salvador aos empregados em situação de excepcionalidade. Durante a reavaliação, no mês passado, vários trabalhadores tiveram a situação de excepcionalidade anulada pela Petrobras, autorizando as transferências. O mais grave, é que eles continuam com a mesma condição pessoal que relataram em 2020.

Outra mudança, no acordo, foi na composição e finalidades do Comitê Permanente de Gestão da Mudança, que não está auxiliando os trabalhadores. Os casos de trabalhadores em situação de excepcionalidade encaminhados para o Comitê não têm resposta, muito menos solução.

Nesse sentido, inclusive, os empregados denunciam falta de transparência e de esclarecimentos nas informações divulgadas pela empresa.

Por fim, o atual presidente da Petrobrás, o general Joaquim Silva e Luna, tem declarado intenção de acabar com o teletrabalho e voltar ao trabalho presencial antes de 1º de julho, se isso acontecer vai piorar ainda mais a situação dos empregados do Conjunto Pituba.

Durante a reunião com a associação, os petroleiros relataram que estão enfrentando situações difíceis, tanto familiares como de saúde, devido à pressão da empresa. Mas, ao mesmo tempo, mostraram disposição e muita união para continuar desafiando a Petrobrás e permanecer trabalhando na unidade de Salvador. A proposta é continuar lutando contra a desativação do Conjunto Pituba.

A empresa vem pressionando esses trabalhadores para que antecipem qualquer decisão adotando a prática de assédio e terror psicológico. A AEPET-BA não vai aceitar esse tipo de comportamento e por isso está dando todo o apoio necessário para barrar a decisão de desativar o Conjunto Pituba e transferir os petroleiros baianos.

Na reunião também foram tratadas as questões relacionadas ao teletrabalho e a movimentação para outras instituições federais como o INSS.

 

 


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