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Na segunda-feira (02/10), aconteceu o 23º bate-papo virtual da AEPET-BA com os petroleiros do administrativo do Edifício Torre Pituba, em Salvador, e os trabalhadores transferidos da Refinaria Landulpho Alves (RLAM).

Os diretores destacaram os fundamentos da campanha do Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio, e o comportamento da Petrobrás que está deixando muito a desejar nas decisões relacionadas aos empregados (as) transferidos compulsoriamente.

Antes do papo virtual foram realizadas reuniões presenciais, no Torre Pituba, nos dias 28 e 29/09.

Em despedida da campanha Setembro Amarelo, eles debateram as condições de saúde mental dos petroleiros e petroleiras que foram transferidos involuntariamente. Mesmo com as mudanças de gestão e das políticas, o que a companhia está fazendo é insuficiente. A efetividade das ações da Petrobrás não tem abrangido a todos e todas.

Não é de hoje que a categoria cobra por soluções. Com a empresa completando os seus 70 anos de existência, a diretora de comunicação da AEPET-BA, Érika Grisi, questiona: “Como eu poderia estar comemorando os 70 anos, com tantos colegas perdendo a vida?”

A ineficiência da Petrobrás em resolver o problema dos petroleiros que estão em processo de mudança também foi discutido no bate-papo. A categoria concorda que o mínimo que a companhia pode fazer é custear as despesas de retorno, ou, pelas palavras do presidente da AEPET-BA, Marcos André, “os trabalhadores e trabalhadoras trocaram o desânimo de estar longe das famílias, pelo desânimo do endividamento”.

Um dos petroleiros presentes na reunião relatou o que está vivendo diante dessa possibilidade de retorno e questionou: “É benção ou é castigo? Eu sou uma das pessoas que estão vivendo isso. Primeiro voltar em outubro, depois em novembro. Sem perguntar sobre as minhas condições. Eu teria que arcar com tudo. E quem fixou residência, o que faz? Botar uma plaquinha e vender tudo a 10 reais?”, perguntou.

É cada dia mais evidente a urgência em mobilizar a categoria para pressionar o presidente da empresa, Jean Paul Prates, e o RH. O silêncio deixa tudo mais difícil. Sem a participação da categoria, a situação pode ficar cada vez mais complexa e complicada. Por isso, é importante a participação nos bate-papos para se organizar.

 

Emissão da CAT e Eleições da CIPA

Entre os pontos discutidos estão a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), que já pode ser emitida pelo Sindipetro-BA , destacando como a Petrobrás sempre criou obstáculos para emissão da CAT. Os outros informes foram referentes às Eleições da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

O presidente da AEPET-BA frisou a importância de eleger candidatos que representem efetivamente a categoria. O prazo para votação dos novos membros da CIPA termina na segunda-feira (09/10). Além da nova gestão, a comissão teve suas atribuições ampliadas, sendo responsável também pelo combate à violência no ambiente de trabalho.

Sobre o aniversário da Petrobrás, foi repassado o calendário de atividades e Marcos André reforçou o poder da mobilização da categoria para reconstrução da empresa.

“É importante que a gente entenda que não estamos comemorando nada. É um momento de mobilização urgente de retomada da Petrobrás à Bahia. Estamos voltando, mas o serviço administrativo ainda não voltou… A única coisa que nós podemos fazer é lutar pela reconstrução da Petrobrás nesta janela da possibilidade que nós temos, que são os próximos três anos de mandato do presidente Lula, para retomada da refinaria e dos investimentos”, defendeu o presidente da Associação.

 

Eleições da Petros

Durante o bate-papo, foram tratadas as eleições da Petros. Um dos candidatos da chapa Unidade Para o Futuro da Petros. Suplente de Radiovaldo Costa (dupla 65), Getúlio da Cruz, destacou a importância do momento e falou sobre a permanência da unidade após as eleições.

“Nós vamos nos reunir com todas as instituições para saber como conduzir esse processo. Não pode ficar só na mão de Getúlio e Radiovaldo. Precisamos mudar a confiança que os associados têm no sistema, dar voz às pessoas que estão ao nosso redor”, disse o candidato.

A diretora de comunicação da AEPET-BA, convidou os petroleiros a participarem das eleições, destacando a necessidade de ter um conselho representativo.

 

Reforço para participação da categoria nas atividades

Finalizando o 22º encontro, Marcos André cobrou a participação dos petroleiros e petroleiras na luta pela retomada dos ativos, pela solução definitiva para as transferências que têm causado tantas vítimas. O presidente da AEPET-BA destacou a necessidade de consciência da urgência e solicitou apoio aos colegas que estão passando por essa situação de sofrimento: “Sejamos sensíveis. Dar a mão pode significar salvar uma vida. Cuidado com o outro e com a gente”, finalizou.

#TorrePitubaResiste

#QuemEstáLongeTemPressa

#QueroVoltraPraCasa


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