Compartilhe

O geólogo e ex-diretor de exploração e produção da Petrobrás é o convidado da Live da AEPET-BA que acontece hoje, às 14h, pelo canal do Yotube e também do Facebook

Estrella sentencia que a Petrobrás como empresa pública, integrada e indutora do desenvolvimento, geradora de emprego e renda acabou. Os petroleiros sofrem com a uberização do trabalho e por isso estão aderindo aos Programas de Desligamento Voluntário (PDVs) para sair da empresa.

“As refinarias serão vendidas. A Petrobrás acabou. O nome da Petrobras hoje é Petrobrax. A nossa Petrobras acabou. Está de costas para o Brasil. Não tem mais interesse no Brasil, a não ser tirar muito dinheiro, tirar recursos daqui e exportar recursos. Nós estamos com a Petrobrax, que é a Petrobras que estava lá no governo FHC”, afirmou Estrella ao Tutaméia em debate com o cientista político William Nozaki, que também é economista. Os dois participaram de uma entrevista ao TUTAMÉIA quando a empresa completou 67 anos, no último dia 3 de outubro.

Segundo Estrella, muito do que acontece hoje é reflexo do governo FHC, que considera um governo criminoso aos interesses brasileiros, com a abertura do capital da Petrobrás na bolsa de Nova Iorque. Em consequência disso, na atualidade são os fundos financeiros transnacionais os que mandam na Petrobrás.

Para ele, a Petrobrás como a maior empresa brasileira, com extensão no Brasil todo, do poco ao posto, com fábrica de fertilizantes, termelétrica, com porto e com a participação na petroquímica, e com o mercado interno com potencial gigantesco de crescimento atrai a cobiça dos investidores financeiros. O esquartejamento da empresa não segue os interesses do capitalismo produtivo, mas o capital financeiro transnacional.

“Se vende os ativos da Petrobras e se fica com um filé mignon –o pré-sal, com poços que produzem 30 mil barris por dia e têm o mercado do Rio e São Paulo em frente, 300 km. O restante da Petrobras não existe mais. Por que vamos manter urucu ou os campos terrestres da Bahia, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Espírito Santo ou outras refinarias? Esses são ativos industriais, enquanto o ativo da Bacia de Campos e as refinarias do sudeste brasileiro são ativos financeiros, porque produzem muito lucro em tempo muito pequeno e sem risco, com um custo de manutenção muito baixos”, aponta Estrella.

O geólogo defende a pressão popular para barrar não só a privatização da Petrobrás, mas de outras empresas estatais. “É com pressão popular que começamos a transformar. Estamos vendo o nosso país sendo destruído como nação e como sociedade organizada. É preciso uma virada. Se isso não acontecer, nós acabamos como nação soberana. Seremos uma ficha da roleta do cassino internacional, meus amigos!”, diz ele

Assista a entrevista

Quer saber mais sobre a destruição da Petrobrás? Guilherme Estrella é o convidado da Live da AEPET-BA que acontece hoje, às 14h, pelo canal do Yotube e do Facebook. A Live terá a participação do secretário-geral da FNP, Adaedson Costa.
Enviem suas perguntas para o link http://bit.ly/PerguntaLIVE
Assista, compartilhe e convide seus colegas e amigos!

Assista a live em nossos Canais
? YouTube ? http://www.youtube.com/c/AEPETBAHIA
? Facebook ? https://web.facebook.com/aepetba


Compartilhe