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Petroleiros do Conjunto Pituba e da Refinaria Landulpho Alves (atual Mataripe) farão uma caminhada, na terça-feira 14 de fevereiro, às 15h, em Salvador. A concentração ocorrerá no Edifício Suarez Trade, na Av. Tancredo Neves, 450, Caminho das Árvores para depois seguir em caminhada até o prédio Torre Pituba, no Itaigara.

A mobilização foi aprovada pelos trabalhadores na semana passada. Foram três reuniões promovidas pela AEPET-BA, com o apoio do Sindipetro-BA, entre os dias 31 de janeiro a 02 de fevereiro, às 13h, no coworking que funciona no Suarez Trade.

Os petroleiros aprovaram uma pauta de reivindicações (veja mais abaixo) que foi encaminhada ao novo presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates. Dentre outras questões, os trabalhadores querem que a nova gestão suspenda as transferências dos baianos para outros estados e autorize o retorno dos que já foram transferidos devido ao desgaste emocional e psicológico provocado pelo deslocamento.

Já no caso dos trabalhadores da empresa da RLAM, que começaram a ser transferidos no início deste ano, querem ir para as instalações do Polo Bahia Terra ou outra unidade mais próxima à sua residência.

No caso dos petroleiros lotados no Conjunto Pituba, que foram transferidos após o fechamento da unidade, em agosto de 2021, passados dois anos ainda não tiveram condições de fixar residência. Por isso, devem se deslocar frequentemente devido ao trabalho presencial, sendo que ainda há vagas disponíveis em unidades no estado.

Essa situação gerou um desgaste emocional e familiar muito grande nos empregados, além de precisar arcar com despesas financeiras durante as viagens.

A expectativa dos petroleiros é que a nova gestão resolva esta situação para acabar com o sofrimento dos empregados que desejam permanecer na Bahia.

 

Reivindicações dos petroleiros

Após as reuniões com a AEPET-BA, os trabalhadores definiram as reivindicações que foram encaminhadas ao presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, no dia 06 de fevereiro. Veja quais são:

1) Suspensão das transferências notadamente dos empregados e empregadas do administrativo lotados na Bahia e dos empregados administrativos e operacionais da RLAM;

2) Retorno facultativo de todos os empregados (as) lotados na Torre Pituba a partir da data de 01/10/2019 e transferidos indevidamente pelos gerentes. Na ocasião, a Petrobrás foi acusada pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) de prática de assédio moral organizacional;

3) Enquanto não for possível o retorno dos empregados (as) as suas bases de origem que a eles seja permitido se apresentarem na instalação da Petrobrás mais próxima de sua residência;

4) Suspensão das reavaliações dos empregados em situação de excepcionalidade, prevista para o início de março, até que seja reformulada a gestão da Petrobrás;

5) Transferência de todos os empregados da área operacional da RLAM, inclusive os que foram transferidos para outras refinarias em razão venda da RLAM, para o Polo Bahia Terra, facultando aos empregados e empregadas do administrativo optarem pelo Polo Bahia Terra ou pela Conjunto Pituba.

6) Reabertura imediata da sede da Petrobras na Bahia na Torre Pituba com a devida transferência dos empregados e empregadas que, neste momento, desempenham atividades laborais no coworking, no Edifício Suarez Trade, em Salvador.

7) Manter ou corrigir os pagamentos dos Adicionais Provisórios de Transferências (APT) de acordo com Regulamento Interno PE – 1PBR-00075 Versão I.

8) Conhecer as denúncias da AEPET-BA junto ao MPT-BA no PROCEDIMENTO ACOMPANHAMENTO JUDICIAL(P.A.J.) nº 002331.2019.05.000/6 relacionadas ao processo de assédio moral aos empregados da Torre Pituba.

9) Fim do PPI

10) Combustíveis e gás de cozinha a preços justos

 

Pelo retorno do prédio Torre Pituba

 

Os petroleiros reivindicam ainda a reabertura do prédio do Torre Pituba, que abrigava as atividades administrativas e financeiras da Petrobrás até agosto de 2021, quando ocorreu a decisão da Petrobrás de sair da Bahia, mas segue pagando aluguel a Fundação Petros, que é proprietária do imóvel, dado que o contrato é até 2046.

Após o término das atividades, os funcionários foram transferidos para outras unidades, e o anexo I também foi devolvido. Tais prédios comportam despesas como manutenção, segurança predial, pagamento de IPTU e outras despesas administrativas.

O prédio Torre Pituba construído com 22 andares, 2.600 vagas de estacionamento e heliponto tem valor estimado em R$1,4 bilhão, e o aluguel pago mensalmente a Petros é de R$6,8 milhões, com correção anual pelo índice Nacional de Construção Civil.

 

A AEPET-BA convoca a categoria a participar desta grande mobilização, na terça-feira, dia 14 de fevereiro, às 15h, no Edifício Suarez Trade, em Salvador.

 

#TorrePitubaResiste


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