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Ganhou repercussão, o encontro da força de trabalho com o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobrás, William França, na tarde de terça-feira (11/04), no coworking, no Edifício Suarez Trade, em Salvador. Estavam presentes também o novo gerente de Recursos Humanos, Felipe Freitas, e a gerente de Relações Sindicais da Petrobrás, Antonieta Gontijo.

O presidente da AEPET-BA, Marcos André, e a diretora de Comunicação da entidade, Erika Rebello Grisi, participaram do encontro e cobraram ações efetivas para o retorno imediato dos trabalhadores que se encontram fora da Bahia.  Além disso, convocaram os empregados a continuar participando da campanha Reconstruir a Petrobrás é Reconstruir o Brasil.

Em princípio, o público-alvo da reunião eram os trabalhadores lotados na antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), mas também participaram empregados do Conjunto Pituba e entidades representativas dos petroleiros. Foi nessa reunião, que o gerente do RH anunciou a possibilidade de teletrabalho de cinco dias da semana para todos os empregados com deficiência (PCDs), que estão incluídos no cadastro da Petrobrás e que atuem em regime administrativo. Compromisso oficializado na quinta-feira (13/04), por meio de comunicado interno.

Os trabalhadores ficaram sabendo também que está em curso um estudo para retomar o atendimento presencial na Bahia. Apesar das expectativas dos trabalhadores, o gestor do RH não aprofundou nas medidas que estão sendo adotadas pela empresa, apenas falou que existem questões “obvias” sendo tratadas para o retorno presencial.

Para a AEPET-BA, a nova gestão precisa ter mais transparência, pois existem demandas urgentes e “obvias” que se não forem resolvidas de imediato vão continuar gerando adoecimento entre os trabalhadores.

É o caso dos trabalhadores do administrativo que, devido ao trabalho presencial, estão viajando semanalmente para cidades como o Rio de Janeiro, para executar atividades que poderiam ser resolvidas em teletrabalho ou na sede da Petrobrás mais próximo de sua residência. Inclusive, na reunião, os trabalhadores deram depoimentos emocionados sobre a triste situação de colegas que estão nesse bate-volta, o que gerou revolta. Além do estresse, esses trabalhadores enfrentam dificuldades para manter o convívio familiar.

É urgente suspender as transferências e encontrar solução para as transferências involuntárias. Disso se trata quando se fala em cuidar da segurança psicológica dos trabalhadores. São eles que ainda sofrem as consequências das decisões das gestões passadas.

Foram seis anos muito difíceis para os trabalhadores baianos. Por isso, os empregados manifestaram seu descontentamento com o setor de saúde da empresa, que até o momento não mostrou sinais de mudanças nos procedimentos. Inclusive, por conta da grande quantidade de afastamentos de empregados por problemas de saúde mental, o setor levanta dúvidas sobre a idoneidade dos atestados médicos, intensificando a prática de assédio moral coletivo e/ou individual.

Os trabalhadores também questionaram o comportamento da Assessoria Jurídica da Petrobrás, que para defender a empresa, nas ações judiciais, argumenta nos tribunais que as atividades na Bahia estão finalizadas, ignorando a decisão do presidente Jean Paul Prates do retorno da empresa no estado.

Outra questão urgente é resolver os problemas enfrentados pelos empregados da operação, alguns, inclusive, se queixaram dos prazos apertados para decidir sobre a oferta de vagas disponíveis em outras unidades fora do estado.

Apesar das críticas e questionamentos, o novo diretor o RH se mostrou receptivo às demandas, entretanto, colocou as dificuldades enfrentadas para implementar algumas soluções propostas pelos empregados.

O diretor do Refino e a equipe de Recursos Humanos se comprometeram a voltar para Bahia no mês de maio para um novo encontro.

No final da reunião, os gestores presentes vestiram a camisa da campanha Reconstruir a Petrobrás é Reconstruir o Brasil.

O presidente da AEPET-BA fez um balanço da reunião, “agradecemos os gestores que vestiram a camisa da campanha, mas esperamos que a adesão se manifeste em ações de reconstrução do patrimônio da Petrobrás, no Brasil e na Bahia. Também queremos que a empresa respeite a força de trabalho que construiu e constrói a Companhia e resistiu bravamente durante seis anos, lutando para que não fosse destruída completamente pelos governos Temer e Bolsonaro. Temos esperança de que a empresa será erguida novamente para beneficiar o povo brasileiro”.

 

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