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Em Assembleia Geral Ordinária de acionistas da Petrobrás, foram eleitos os novos representantes do Conselho de Administração (CA). A reunião aconteceu na quinta-feira, 27/4, marcando o início da nova gestão da empresa no governo Lula.

Durante a AGE petroleiros aposentados participaram da mobilização que aconteceu em frente ao EDISEN, sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, convocada pelo Sindipetro Caxias.

Cerca de 500 aposentados e pensionistas compareceram ao ato demonstrando preocupação e insatisfação com as cobranças dos equacionamentos do Plano Petros. O ato contou também com a participação das Federações de Petroleiros (FNP e FUP), AEPET e ASTAPE.

Leia mais – Mais de 500 aposentados protestam em frente ao EDISEN em defesa da Petros

Entre as indicações do governo está Pietro Mendes, Sérgio Rezende e Efrain Cruz, que apesar de rejeitados pela governança da estatal por não cumprirem os requisitos, foram eleitos e se juntam a Bruno Moretti, Jean Paul Prates e Vitor Saback no novo colegiado da empresa.

Além da eleição dos integrantes indicados pelo governo, José João Abdalla e Marcelo Gasparino também foram eleitos, com votos de acionistas minoritários. Francisco Petros, Marcelo Mesquita, também representantes dos minoritários, compõem a estrutura atual do Conselho, assim como a conselheira eleita pelos trabalhadores Rosângela Buzanelli.

 

O papel dos conselheiros 

Questões como novas políticas de preços de combustíveis, a suspensão definitiva da venda de ativos, contratações, e investimentos são algumas das responsabilidades do conselho. Além disso, os conselheiros têm responsabilidade legal de garantir que as decisões não causem prejuízos à empresa.

A maioria do Conselho de Administração da Petrobrás está formada pelas indicações da União, inclusive, o novo presidente do CA, Pietro Mendes, faz parte desse grupo. Sendo assim, esses conselheiros têm poder sobre decisões tomadas pela diretoria-executiva da estatal.

 

Correção da remuneração dos diretores executivos e distribuição dos dividendos

A assembleia de acionistas também discutiu a remuneração dos administradores da Petrobrás. A União fixou em até R$ 44,9 milhões o montante a ser pago aos diretores executivos da estatal. Importante ressaltar que esse é o valor máximo e não o que será efetivamente gasto.

A empresa havia encaminhado uma proposta, onde o total a ser pago seria de até R$ 54,2 milhões. Mesmo com a redução, o valor fixado pela União representa um aumento de cerca de 13% em relação ao ano de 2022, que tinha um montante fixo de R$ 39,6 milhões para pagamento da remuneração dos nove diretores estatutários.

Quanto aos dividendos, a União apresentou o pagamento de R$ 35,8 bilhões, em três prestações, referentes aos dividendos complementares de 2022. As parcelas estão previstas para serem pagas em 19 de maio, 16 de junho e 27 de dezembro.

 

Expectativas para a nova gestão 

A partir de 1º de maio, espera-se que a nova estrutura organizacional da estatal comece a trabalhar para cumprir os compromissos de campanha do presidente Lula em relação à Petrobrás.

 

Veja a relação dos conselheiros eleitos:

Bruno Moretti

Efrain Pereira da Cruz

Jean Paul Terra Prates

José João Abdalla Filho

Marcelo Gasparino da Silva

Pietro Adamo Sampaio Mendes (Presidente)

Sergio Machado Rezende

Vitor Eduardo de Almeida Saback


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