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A 29º edição do Grito dos Excluídos e Excluídas aconteceu nesta quinta-feira, 7 de setembro, reunindo diversos grupos que respondiam à pergunta-tema da edição 2023  “Você tem fome e sede de quê?”, expondo as necessidades fundamentais da população. O evento teve como ponto de concentração a praça do Campo Grande, em frente ao Teatro Castro Alves.

Os petroleiros e petroleiras se juntaram à multidão levando a fome e a sede pela reconstrução da Petrobrás na Bahia. As bandeiras defendiam a reestatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), vendida em dezembro de 2021 para o fundo árabe Mubadala Capital e atualmente administrada pela Acelen, e denunciavam os efeitos negativos da privatização dos ativos baianos.

Os pedidos também eram pelos preços dos combustíveis no estado, que estão entre os mais caros do país, e pelo retorno dos trabalhadores e trabalhadoras transferidos compulsoriamente pela empresa durante os desinvestimentos.

“Justiça social se faz com distribuição de renda e oportunidades. A privatização de bens sociais estratégicos aumenta a desigualdade social e regional, por isso retomar os bens da Petrobrás é também uma forma de combater as desigualdades”, reforçou o presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, núcleo Bahia (AEPET-BA), Marcos André.

Neste 29º Grito dos Excluídos e Excluídas, a AEPET-BA se uniu aos diversos grupos em apoio também à luta pela vida e pela sociedade justa e solidária. Na capital baiana, os pedidos foram especialmente por justiça e proteção ao povo preto e quilombola, em lembrança a Mãe Bernadete, assinada no dia 17 de agosto, e outros casos violentos.

Que continuemos a gritar não só por essas causas, mas também por todas as outras que não são prioridades do Estado, sendo negligenciadas. Não podemos nos calar.


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