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Um novo episódio envolvendo uma empregada do administrativo do Torre Pituba mostra a urgência de definir procedimentos para o ingresso à unidade.

No dia 28 de julho, a AEPET-BA encaminhou uma correspondência ao gerente da Segurança Corporativa Norte-Nordeste, Jairo Batista, solicitando informações sobre os procedimentos para o acesso de aposentados e pensionistas ao Torre Pituba. Eles estavam encontrando muitas dificuldades para ter acesso a unidade, alguns sendo até barrados na recepção.

Em resposta, Jairo, no dia 01 de agosto, informou que só se iria “pronunciar, seguindo o fluxo de informações interno, tomando as ações necessárias”. Entretanto, um novo incidente com uma empregada do administrativo mostra que o assunto está longe de ser resolvido, inclusive, quando envolve familiares.

Em um grupo de conversas com colegas de trabalho, a petroleira denunciou o constrangimento que passou na semana passada, durante uma emergência, com os filhos, de 5 e 7 anos. Eles foram deixados no Torre Pituba pelo pai para seguirem para casa com a mãe.

Entretanto, ao tentar ingressar no prédio, com os filhos, para buscar seus objetos pessoais e ir para casa, a petroleira foi barrada na recepção pela segurança, exigindo autorização do gerente.
“Perguntei o que faria então, se tinha os dois meninos comigo e todas as minhas coisas dentro da empresa. Ela [segurança da recepção] disse que a solução era eu ir e ela ficaria olhando os meninos para mim. Eu nunca tinha visto aquela pessoa antes. E nem meus filhos. Minha pequena tem problema de socialização, olhou para mim com carinha de choro e perguntou: mas mamãe, quem é essa pessoa?”, conta a vítima.
Sem uma alternativa, uma vez que seu chefe é do Rio de Janeiro e sem contato com um gerente do Torre Pituba para pedir a liberação de acesso das crianças ao prédio, foi obrigada a deixá-las na recepção, com a segurança para poder pegar os objetos pessoais.

A empregada confessa que foram momentos angustiantes tanto para ela quanto para os filhos. “As crianças me encontraram do lado de fora da cancela do estacionamento, porque nem na garagem puderam entrar. Que coisa mais triste, gente! Eu, como mãe, me senti extremamente desrespeitada. Cadê o direito das crianças? Cadê os meus direitos enquanto funcionária com filhos em dia de emergência? Estou extremamente triste”, desabafou a trabalhadora petroleira.

O presidente da entidade, Marcos André, mais uma vez, solicita ao gerente de segurança que resolva o assunto. Inclusive liberar o ingresso dos aposentados apresentando a matrícula sem burocracia. Já para os ativos que os familiares usem crachá de visitante, ficando sob responsabilidade dos próprios empregados (as), sem a necessidade de intervenção dos gerentes.

Na reabertura do Torre Pituba, em 03/07, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, declarou que o acesso ao prédio estava liberado para os aposentados, pensionistas e familiares dos empregados da ativa, mas estamos vendo que na prática isso não está sendo seguido.

De quem seria a responsabilidade se algo acontecesse com as crianças? Da segurança da recepção, que sugeriu olhar as crianças enquanto a mãe corria até à sala para pegar os pertences? Ou da Petrobrás, que barra a entrada de familiares mesmo em emergências, reservando o privilégio aos gerentes?

A AEPET-BA irá cobrar, novamente, medidas do gerente de Segurança, para que casos como esses não voltem a acontecer.

Leia também – AEPET-BA quer acesso liberado de petroleiros aposentados ao Torre Pituba, em Salvador


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