Compartilhe

 

Com direito a bolo, a Petrobrás ganhou homenagens pelos seus 70 anos, na manhã desta sexta-feira (06/10), em um ato nacional que reuniu petroleiros e petroleiras, movimentos sociais e populares, parlamentares. O evento aconteceu em frente à sede administrativa da empresa, no Torre Pituba, no bairro do Itaigara, em Salvador.

Ao som da banda Yaya Muxima, integrada apenas por mulheres, os presentes cantaram os parabéns para a Petrobrás, maior empresa petrolífera da América Latina, orgulho de brasileiros e brasileiras.

Mas nem tudo foi motivo de comemoração, já que ainda prevalecem muitos problemas a serem resolvidos herança das gestões passadas. Os aposentados, ativos e pensionistas cobraram da atual gestão agilidade para resolver o fim dos equacionamentos, reestatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e retorno dos petroleiros (as) baianos (as) que foram transferidos compulsoriamente para outros estados. Também foi pedido que o custeio a AMS volte a ser 70% (empresa) e 30% (empregados).

No ato, houve defesa também de outras estatais federais que foram ameaçadas ou vendidas como: Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Eletrobrás. Na Bahia, os empregados da Bahiagás denunciaram o governo do estado que pretende vender a única empresa responsável pela distribuição do gás natural em todo o estado. Para evitar que isso aconteça os baianos devem participar nas atividades em defesa da Bahiagás.

Nas intervenções, sindicalistas e representantes dos movimentos populares lembraram a trajetória da Petrobrás com destaque para as lutas dos petroleiros e petroleiras, a saudosa campanha “O petróleo é nosso” e as séria ameaça de privatização durante os governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Na Bahia, os desinvestimentos, após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff,  atingiram importantes ativos em terra e mar. A luta agora dos empregados e empregadas é pela reestatização da RLAM e dos demais ativos vendidos e o retorno da FAFEN-BA para a empresa.

Por isso, o compromisso de continuar lutando pela reconstrução da empresa, em especial, no estado.

Pela AEPET-BA falaram o presidente e a diretora de Comunicação, Marcos André e Érika Grisi, respectivamente. “Estamos aqui em defesa da Petrobrás, não como uma luta corporativa dos petroleiros, mas como uma luta pela soberania nacional, em defesa do Brasil. A Petrobrás é do tamanho que é porque tem os seus empregados, mas também tem o povo brasileiro. Resistimos e chegamos aos 70 anos, e é muito importante que se diga que, 10 meses depois desse novo governo, ainda temos trabalhadores atentando contra a própria vida porque não conseguem voltar para casa. É preciso que a gente responsabilize a Petrobrás, cobrando que os trabalhadores retornem com dignidade”, defendeu Marcos André.

Ambos lembraram as lutas da entidade e dos petroleiros (as) baianos para o retorno da empresa à Bahia. Com a reabertura do Torre Pituba e o funcionamento do Polo Bahia Terra, agora a batalha é para que os empregados (as) transferidos involuntariamente retornem imediatamente.

“É um momento muito importante, que marca a luta pela Petrobrás e pelo Brasil. É marcante estarmos aqui. O direito mais importante é o direito à vida, e ele tem que permanecer. Estamos aqui comemorando, felicitando a Petrobrás, que é nossa, são os empregados que fizeram esses 70 anos e vamos construir mais 70, mas é importante que a vida venha em primeiro lugar. Parabéns a Petrobrás e aos trabalhadores que fazem essa grande empresa”, disse a diretora de Comunicação da Associação.

O ato reuniu o secretário da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Costa, e o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Dayvid Bacellar, que estão juntos na defesa da empresa e nas negociações da campanha salarial, este ano. Em sua contribuição à mobilização, o secretário da FNP também destacou o papel importante dos trabalhadores para a construção dos 70 anos da empresa.

“Nesses 70 anos da Petrobrás, muitos temos que trabalhar ainda. Quem construiu esses 70 anos que estamos comemorando hoje foi única e exclusivamente os trabalhadores, principalmente, os aposentados, e nós, ativos, que continuamos a construir. Esses trabalhadores precisam ser reconhecidos”, destacou Adaedson Costa.

A iniciativa do ato, na Bahia, foi do Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás, Petros e AMS, integrado pela AEPET-BA, ASTAPE-BA, Abraspet, Sindipetro-BA e CEPEs.

Estiveram presentes ao ato representantes da CUT, CTB, do Sindiquímica, Sinditicc, Sitticcan, da Central de Movimentos Populares (CMP), Sincotelba, MAB, MPA, Sinergia, MNU e dos ex-empregados da BR Distribuidora e Liquigás, que lutam pela reestatização e incorporação às empresas. Também esteve presente o vereador de Salvador, Augusto Vasconcelos (PCdoB). Além de aposentados e pensionistas petroleiros das cidades de Feira de Santana, Entre Rios, Alagoinhas, Santo Amaro, Serrinha, Candeias, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Salvador, Catu, mata de São João e São Sebastião do Passé.

Sessão Especial

Durante o ato, o Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás, Petros e AMS convidou os presentes para a Sessão Especial na Câmara de Vereadores de Salvador em homenagem aos 70 anos da Petrobrás. A Sessão ocorrerá no Plenário Cosme de Farias. na quarta-feira, 11 de outubro, às 18h30. A iniciativa é da vereadora Marta Rodrigues (PT) que atendeu solicitação do Fórum.

Veja a galeria de fotos:


Compartilhe