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O Oriente Médio vive o seu segundo ano de conflitos. Além da guerra entre Rússia e Ucrânia, a região rica em petróleo e principal rota dos navios que abastecem o ocidente de petróleo e mercadorias, ainda liga com os ataques terroristas e as defesas brutais dos estados. Analisando o cenário tenso, o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo e Gás (INEEP) acredita que o momento aumenta as incertezas geopolíticas.

“Essa conjuntura complexa deixa qualquer análise sobre a velocidade e a direção do processo de transição energética, visto a assimetria do desenvolvimento dessa transição de acordo com as realidades e interesses nacionais. No curto prazo, as guerras trazem riscos ao abastecimento energético europeu e pressionam por uma expansão no uso de combustíveis fósseis, incluindo a reativação de usinas de carvão. Entretanto, no médio prazo, esse cenário de crise também abre espaço para acelerar a transição energética, uma vez que explicitam a necessidade de alternativas à alta dependência energética da Rússia e do Oriente Médio”, diz o Instituto.

Mesmo acontecendo em regiões específicas, os conflitos podem impactar na segurança energética e alimentar de diversos países, sobretudo na Europa. Por outro lado, o cenário de crise também gera oportunidades. Para o diretor técnico do INEEP, Mahatma Santos, o Brasil, com seu potencial energético e industrial, explorando suas vantagens, pode conquistar um lugar importante no sistema de poder mundial, que está em transição.

“O país precisa se colocar como uma liderança do Sul Global, e para isso deve aproveitar sua posição nas presidências do G-20, em 2024, e da COP-30, em 2025, para apresentar ao mundo suas estratégias de desenvolvimento”, analisa Santos.

Para o Instituto, é hora de o Brasil utilizar as capacidades e características de sua indústria para alcançar o ciclo de inovação global, ampliando sua capacidade de geração de empregos e renda.


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