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Foram 15 dias de mobilizações e vigília de aposentados e pensionistas no Rio

As lideranças das entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes e Assistidos da Petros encerraram nesta quinta-feira, 04/07, o acampamento dos petroleiros em frente ao Edisen, que abriga as gerências e diretorias da empresa, no Rio de Janeiro.

O acampamento foi encerrado com salva de palmas e agradecimentos aos aposentados e pensionistas de todo o país que permaneceram em vigília durante 15 dias, desde o dia 20 de junho, para pressionar a Petrobrás para acabar com os equacionamentos da Petros.

Desde então, a lona do acampamento tornou-se palco de debates, atividades culturais e de muita pressão política, que resultou em três reuniões com dirigentes da Petrobrás, inclusive com a presidenta Magda Chambriard, que ouviu os relatos dramáticos dos aposentados e pensionistas que estão em situação de vulnerabilidade devido aos descontos abusivos da Petros.

Na terça-feira, 02, a diretora de Assuntos Corporativos da Petrobrás, Clarice Coppetti, voltou a reunir-se com uma representação da vigília e anunciou a instalação da Comissão Quadripartite, composta por representantes da Petrobrás, da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e das entidades que integram o Fórum.

A Comissão será instalada em Brasília. O Fórum em Defesa dos Participantes e Assistidos vai continuar lutando pelo atendimento das propostas discutidas no GT Petros.  A principal é pressionar a Petrobrás pelos aportes financeiros para resolver os problemas estruturais que geram déficits consecutivos nos planos de previdência PPSP-R e PPSP-NR. Para isso, será necessária uma ampla negociação, visando a construção de um acordo judicial com as entidades que têm ações cobrando as dívidas da patrocinadora.

Sobre a criação de um novo plano, existem divergências entre as entidades sobre a modalidade desse plano.

Os representantes da Petrobrás no GT, por sua vez, propõem o aporte mínimo de R$ 8,4 bilhões à Petros, desde que haja um acordo nas ações judiciais das entidades que cobram as dívidas das patrocinadoras dos PPSPs e condicionado à migração para um plano de Contribuição Definida (CD), com um fundo de longevidade paritário somente na sua constituição inicial. Essa proposta é inaceitável no entendimento de todas as entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes e Assistidos.

As alternativas apresentadas no GT pelos representantes da categoria foram de migração para um novo plano de Benefício Definido (BD) ou um plano misto com todas as garantias previdenciárias e um fundo de longevidade paritário desde a sua constituição inicial até o pagamento do último benefício.

A AEPET-BA parabeniza as entidades do Fórum pela decisão de não aceitar a migração para um novo plano CD na Petros que trará prejuízos a categoria.

Continuamos na luta pelo fim dos PEDs!


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