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“Aí está o desafio e a função de uma estatal comprometida com o suprimento energético de seu país”

O investimento da Petrobrás no descobrimento do pré-sal chegou a US$ 240 bilhões, montante que a Shell, também consorciada naquele bloco, não pagou para ver.

“Aí está o desafio e a função de uma estatal comprometida com o suprimento energético de seu país”, comenta o geólogo e diretor de Exploração e Produção da Petrobrás na época do descobrimento do pré-sal, Guilherme Estrella. Ao participar do podcast Missão Desenvolvimento, transmitido no último dia 14 de julho, Estrella contou que, primeiro, a estatal brasileira apenas achou gás carbônico, para depois encontrar petróleo somente após perfurar uma parede de sal totalmente impermeável de 2 mil metros.

“Apenas para furar o primeiro poço, Paraty, em 2005, foram gastos mais de US$ 100 milhões. Ali encontramos apenas gás carbônico, mas a partir daquele momento soubemos que o gás vinha da rocha geradora, com excelente reservatório. Por isso investimos mais, totalizando US$ 240 milhões. Para atravessar 2 mil metros de sal tivemos um grupo de trabalho com os melhores técnicos, muito planejamento e desenvolvimento de tecnologia”, acrescentou.

“A Petrobrás tinha apenas 30% do bloco, mas a Shell o devolveu à ANP por falta de tecnologia e investimento”, resumiu o geólogo, lembrando que, ao contrário do que ocorreu no Golfo do México,  não houve nenhum desastre ecológico.

Ouça o podcast.

 


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