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A Petrobrás foi a 13ª maior pagadora de dividendos no mundo no segundo trimestre de 2024, segundo relatório. O levantamento da informação foi feito através do relatório Global Dividend Index, feito pela Janus Henderson, com base nos resultados de 1,2 mil companhias pelo mundo.

Sendo a única petroleira a aparecer no top 20, a estatal brasileira desembolsou US$ 4,1 bilhões no segundo trimestre deste ano para o pagamento de dividendos a seus acionistas.

O relatório apontou que foram pagos em todo o mundo cerca de US$ 606,1 bilhões em dividendos entre abril e junho, o que representa uma alta de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado, com alguns ajustes cambiais.

Mercados emergentes como Brasil, Colômbia e Tailândia tiveram alta no pagamento de dividendos e pagaram US$ 42,4 bilhões a seus acionistas de abril a junho, crescimento atrelado à empresas petrolíferas desses países. Estima-se que no acumulado do ano haja um novo recorde de US$ 1,74 trilhão pagos em dividendos no mundo, uma alta de 6,4% em relação a 2023.

Em artigo publicado pela AEPET, em agosto deste ano, o presidente da entidade, Felipe Coutinho, afirmou que o que possibilita a alta no pagamento de dividendos pela Petrobrás é a redução de investimentos da estatal entre os anos de 2021, 2022 e 2023.

Para Coutinho, em 2021 e 2022 a razão média entre os dividendos pagos e o investimento líquido foi de 804%, nos resultados consolidados de 2023 e do 1º semestre de 2024 (2T24) foi de 232,63% e 215,52%, respectivamente, enquanto entre 2005 e 2020 foi de 12,7%, em termos médios. Ou seja, a relação entre o pagamento de dividendos e o investimento líquido no 1º semestre de 2024 foi 18 vezes mais alta se comparada com a média de 2005 a 2020.

E mais, os lucros e dividendos distribuídos hoje, são resultados dos investimentos realizados no passado. É evidente que elevar a distribuição dos dividendos, em detrimento dos investimentos, comprometerá o resultado futuro.

A direção da Petrobrás anunciou a revisão da sua política de remuneração dos acionistas. No entanto, a maior parte da política anterior foi mantida, como o pagamento de dividendos trimestrais e proporcionais ao fluxo de caixa livre.

Em outra publicação o presidente da entidade destrincha um pouco mais o assunto. Saiba mais Clique aqui


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