Na quarta-feira (13), caravanas de várias partes do Brasil se reuniram em frente ao Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro, para um grande ato nacional em defesa dos participantes e assistidos da Petros. A mobilização, convocada pelo Fórum em Defesa dos Participantes da Petros — integrado por FUP, FNP, Conttmaff, Fenaspe e Ambep — cobrou que a Petrobrás disponibilize os recursos necessários para ressarcir a Petros.
O objetivo é acabar com os equacionamentos que penalizam milhares de famílias do Sistema Petrobrás.
Foi apresentada a proposta, discutida nos últimos dois anos no GT Petros e na Comissão Quadripartite, que reúne representantes das entidades, da Petrobrás, da Petros e dos órgãos governamentais (Sest e Previc).
No ato, lideranças sindicais e associativas reforçaram que a Petrobrás tem plenas condições financeiras de quitar sua dívida com a Petros. Lembraram que, em junho do ano passado, o Fórum entregou à presidenta da empresa, Magda Chambriard, e ao presidente Lula um dossiê com as origens dos problemas e as soluções possíveis.
Afinal, a Petrobrás paga R$ 70 bilhões a acionistas via dividendos, então também tem condições de pagar a dívida que tem com a Petros e acabar com os PEDs.
Em relação à proposta final da Comissão Quadripartite nem todos concordam com o caminho proposto. O conselheiro Silvio Sinedino, contrário à migração de plano, também participou da manifestação e declarou que não se sente representado pela Comissão. Ele criticou a falta de uma proposta firme aprovada pela Petrobrás após quase dois anos de negociações e alertou que o plano apresentado carece de base legal e não garante cobrança futura.
Sinedino lembrou que, em 2006, muitos defenderam a repactuação afirmando que ela acabaria com os déficits — algo que não se confirmou. “Vamos acreditar em promessas vazias de novo? Devemos mostrar nossa indignação com os atuais PEDs, cobrar as dívidas da Petrobrás e defender nossos direitos nos PPSPs. Não à abertura de mão de direitos! Não a qualquer migração! Petrobrás, pague suas dívidas!”, afirmou.
O ato terminou com gritos em uníssono: “Fim dos equacionamentos já!”
