Aumento no Preço do Gás de Cozinha Surpreende Consumidores na Bahia
No início deste ano, os consumidores baianos foram surpreendidos por um aumento significativo no preço do gás de cozinha. A Acelen, empresa responsável pela administração da Refinaria Mataripe (antiga Refinaria Landulpho Alves), anunciou um reajuste entre 8,23% e 9,95% para as distribuidoras de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) na Bahia, o que se traduz em um acréscimo de R$ 5 a R$ 10 para os consumidores finais.
O aumento no preço do gás ocorre em um contexto marcado pela suspensão das medidas que zeraram os tributos federais sobre diesel, biodiesel e GLP no ano anterior. Esse reajuste representa um impacto direto no bolso dos consumidores baianos, especialmente após um ano desafiador em termos econômicos.
Robério Souza, presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia, destacou que o preço médio registrado no ano anterior foi de R$ 130, e agora atinge a marca de R$ 140. Ele também ressaltou a variação nos valores dentro de Salvador, que dependem da região onde o gás de cozinha é vendido.
A Acelen justificou o aumento, informando que os preços estão alinhados aos critérios de mercado, considerando variáveis como o custo do petróleo (adquirido a preços internacionais), a cotação do dólar e o frete, fatores que podem oscilar para cima ou para baixo.
Já o preço médio do gás de cozinha vendido pela Petrobrás foi de R$ 100,98, segundo levantamento realizado em dezembro do ano passado. Desse total a empresa fica com 31.4%, o restante corresponde a ICMS, distribuição e revenda.
Nacionalização da RLAM
A Associação dos Engenheiros da Petrobrás, núcleo Bahia (AEPET-BA), lançou um manifesto em prol da imediata nacionalização da Refinaria Mataripe, situada em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador. O texto destaca a importância de manter a refinaria como parte do patrimônio da Petrobrás, ressaltando que sua privatização afetou a capacidade do Estado de direcionar recursos para demandas sociais.
A RLAM desempenha um papel crucial na proteção da soberania e autonomia energética, atendendo às necessidades internas de combustíveis e contribuindo para o desenvolvimento do país. A privatização, segundo o manifesto, estabeleceu um monopólio privado regional, prejudicando a economia local e impondo preços elevados à população.
O manifesto em prol da nacionalização da refinaria está aberto para assinaturas, convocando os cidadãos a se unirem em defesa do retorno da RLAM ao controle estatal, visando preservar não apenas interesses econômicos, mas também a soberania e o desenvolvimento do país.