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A Petrobrás anunciou nesta segunda-feira, 4 de setembro, a assinatura de um contrato com o fundo Mubadala Capital, controlador da Acelen, para avaliar investimentos em biorrefinos, em projeto de 12 milhões de reais. Essa aproximação levantou a possibilidade de transações futuras, inclusive a de recompra da Refinaria Landulpho Alves (RLAM).

O memorando de entendimentos (MOU) foi assinado entre o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, e o vice-CEO do grupo Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

“O grupo Mubadala Capital está em processo de desenvolvimento de projeto de uma biorrefinaria integrada na Bahia, com foco na produção de diesel renovável e querosene de aviação sustentável”, diz a Petrobrás. “O documento visa apoiar a participação da Petrobrás em projetos de biorrefino”

Segundo fontes da Reuters, “o acordo não tem nada a ver com [negociação para recomprar] a RLAM, mas pode ser um caminho. A fonte disse ainda que desde a posse do governo Lula, a reestatização da refinaria é estudada, porém, enquanto o acordo com o Cade estiver em vigor, não há o que se fazer.

Outro ponto revelado é que o fundo Mubadala enfrenta dificuldades financeiras com a RLAM, devido à concorrência com a Petrobrás, que oferta os derivados a preços inferiores.

 

Apoio do Ministério de Minas e Energia para reestatização

A parceria entre as empresas já havia sido antecipada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Além de defender o contrato, o ministro diz que a venda da RLAM foi um erro e deve ser recomprada pela Petrobrás.

“Entendemos do ponto de vista da segurança energética e da nova geopolítica do setor de petróleo e gás, respeitadas as regras de governança da Companhia, que a Petrobrás deve avaliar recomprar a RLAM. O povo baiano e sergipano têm pago preços de combustíveis mais caros do que em regiões de influência das refinarias cujo controle é da Petrobrás”, diz Silveira, na nota.

 

“Sim, ministro, temos que reestatizar as refinarias vendidas por Bolsonaro”

Em matéria de opinião publicada no Brasil de Fato, o economista do Observatório Social do Petróleo (OSP), Eric Gil Dantas, defende que “as privatizações devem ser revertidas para brecar o desastre econômico e social gerado pela venda injustificada desses ativos.”

O autor aponta principalmente para a alta nos preços nos estados das refinarias privatizadas. A exemplo da gasolina, “de dezembro de 2021 para cá, as refinarias privadas praticaram preços, em média, 5,5% mais caros do que a Petrobrás. Hoje, dia 4 de setembro, o sobrepreço é de 8,6%.”

Para ela não só a RLAM deve ser devolvida à Petrobrás, mas todas as outras refinarias privatizadas

Confira o texto na íntegra.

 

Sim para a reestatização

Estamos com o ministro Alexandre Silveira, estamos com Eric Gil, estamos com os milhões de brasileiros e brasileiras que vivem diariamente os efeitos negativos das privatizações, que devem ser revertidas. A AEPET-BA continuará lutando e reforçando a importância da reestatização.

 

Precisamos manter a mobilização em todas as frentes para retornar as refinarias do povo, na justiça, nas ruas, no parlamento, todas as formas são formas de mantermos a esperança e a luta por um país melhor para todos. A retomada do patrimônio do povo é o meio de reconstruirmos o Brasil e a Petrobrás para os brasileiros.

#ReestatizaJáaRLAM


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