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Na semana passada, a Petrobrás enviou a contraproposta das empresas do Sistema Petrobrás (holding, Transpetro, PBIO e TBG) para o Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2024. A proposta foi apresentada em reunião com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), no EDISEN, na última terça-feira, 12 de setembro.

O secretário-geral da FNP, Adaedson Costa, definiu a proposta como “bem aquém”, estando bem longe do razoável. “Ela não contempla AMS, não contempla Petros, nem regime de trabalho, tampouco banco de horas, adicionais, reajuste salarial ou plano de cargos e salários, diversidade, nada”, resumiu.

A avaliação negativa da proposta foi geral na categoria. “A proposta está super rebaixada, mas também sabemos que não é essa a proposta que a Petrobrás vai trabalhar. É uma técnica de negociação que a empresa vai estender, empurrar para frente, a gente sabe como funciona”, disse o secretário da FNP, Eduardo Henrique.

Veja aqui a contraproposta apresentada pela Petrobrás

Por isso, a FNP decidiu rejeitar a proposta e sinaliza esse indicativo para as suas bases, que organizarão assembleias nos próximos dias.

No entanto, a Petrobrás deve prorrogar imediatamente a ultratividade aplicada até o final de setembro, para que não haja prejuízo às rodadas seguintes de negociação.

A FNP vai assinar o termo de antecipação do reajuste salarial. Porém, irá requerer também a inclusão da cláusula de licença maternidade para mães não gestantes, por entender a urgência da efetivação desse direito – e o consequente prejuízo de postergar até o final da negociação.

 

AEPET-BA defende posição da FNP

A AEPET-BA cobra avanços na campanha reivindicatória e também rejeita a proposta da empresa. Os petroleiros ficaram seis anos sem aumento real de salários e enfrentando a retirada de direitos. Conforme publicado pelo Observatório Social da Petrobrás, as perdas somam mais de 37%. Outro estudo mostra que a empresa paga o segundo pior salário anual das empresas de petróleo no mundo.

A redução da jornada de trabalho sem redução de salário também está na pauta da FNP e deve ser objeto do apoio da categoria. É necessário melhorar a qualidade de vida, diminuir as desigualdades e aumentar a empregabilidade. Também não é justo que os empregados ativos paguem até 30% de seu salário para AMS, como se isso não comprometesse sua qualidade de vida e de sua família.

Deve ser resolvida a situação dos trabalhadores (as) transferidos (as) involuntariamente e que agora estão retornando às suas bases. Bandeira histórica da AEPET-BA, o retorno dos empregados (as) agora está sendo inviabilizado pela empresa, quando indica que é de interesse do empregado. Faz isso para se livrar das responsabilidades e evitar indenizações e custos. Nessa condição, o empregado (a) deve arcar com todos os custos do retorno à sua base de origem. Assim como arcou com várias despesas quando foi transferido involuntariamente pela empresa.

A palavra da FNP é mobilização, concordamos e apoiaremos todas as iniciativas de organizar e mobilizar a categoria. Todos juntos vamos construirmos as mobilizações necessárias até obter a vitória da categoria.

 

#ReconstruiraPetrobráséReconquistarDireitos.  

 

(Com informações da FNP)


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