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A partir de hoje (27/10), os petroleiros iniciam mobilizações para pressionar a Petrobrás a avançar na campanha reivindicatória. A insatisfação da categoria com as propostas apresentadas pela empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2023, amplamente rejeitadas, atingiu níveis alarmantes.

Na quinta-feira, 26 de outubro, os sindicatos petroleiros rejeitaram a segunda proposta de forma quase unânime e também votaram a favor de um estado de greve e de mobilizações em defesa do sistema Petrobrás programadas para ocorrer entre 27/10 e 1/11.

Conhecida no Sindipetro-RJ como “me engana que eu gosto”, a segunda proposta de ACT apresentada pela companhia, não foi bem recebida, e a sensação é a de que não houve avanços significativos em relação à primeira proposta.
A Petrobrás propôs um índice de inflação de 1%, válido apenas para os trabalhadores da ativa, e a manutenção da relação de custeio da AMS na proporção de 60×40. Essa abordagem é vista como uma continuação da política de austeridade promovida pelas gestões bolsonaristas. A direção da Petrobrás, liderada por Jean Paul Prates, apresentou uma primeira proposta que também foi rejeitada e, após um prolongado período de negociação, apresentou uma segunda oferta que, de acordo com seus representantes, traria “avanços”, mas, para a categoria, isso não aconteceu.
Reivindicando respeito pelos direitos dos trabalhadores, a categoria exige que a gestão da Petrobrás apresente uma proposta que seja considerada justa. Ou seja, o tema desta campanha de ACT, “Reconstruir a Petrobrás e Recuperar Direitos”, parece não ter sido compreendido pela direção da Petrobrás.
As bases e as duas federações (FNP e FUP) planejam enviar um documento conjunto à Petrobrás e suas subsidiárias, solicitando a prorrogação do ACT até que um novo acordo seja efetivado.

A mobilização e a participação da categoria são os caminhos necessários para superação do impasse negocial e pressionar a empresa a apresentar  avanços na campanha salarial. Reconstruir direitos é também é dentre outras coisas desfazer as maldades bolsonaristas no ACT. Os aposentados em especial, mas também os empregados ativos não podem aceitar o Acordo sem itens imprescindíveis este ano, a exemplo de retorno do custeio da AMS de 70×30, fim da APS e volta da gestão e operação da AMS para o RH da Petrobrás.

Além disso, a categoria precisa recompor as perdas salarias, queremos novos concursos para aumentar a força de trabalho que foi reduzida em mais de 29 mil empregados nos últimos anos e uma solução definitiva para a Petros, questões justas e que reestabelecem a dignidade dos aposentados e cria condições de trabalho dignas para os ativos.

Confira o calendário de mobilizações:

Sexta-feira, 27 de outubro — Paralisação nas refinarias e usinas termelétricas (UTEs)

Segunda-feira, 30 de outubro — Mobilizações nas subsidiárias

Quarta-feira, 01 de novembro — Paralisação nas unidades administrativas, com adesão dos trabalhadores das áreas de exploração e produção (E&P).


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