A Associação dos Engenheiros da Petrobrás – Núcleo Bahia (AEPET-BA) manifesta irrestrita solidariedade aos professores e professoras da rede municipal de Salvador, que há mais de dois meses enfrentam uma greve legítima por respeito, valorização profissional e pelo cumprimento do piso nacional do magistério, garantido por lei.
A paralisação, motivada pela intransigência da gestão municipal do prefeito Bruno Reis, escancara o descaso com mais de 131 mil estudantes da capital baiana e com os profissionais que, diariamente, constroem a educação pública com esforço e dignidade. Ao insistir em maquiar o piso salarial por meio de gratificações temporárias, sem incorporar os valores ao vencimento-base, a Prefeitura desrespeita a legislação e a categoria.
A AEPET-BA se soma às vozes da resistência em defesa de uma educação pública de qualidade, com condições dignas de trabalho, salas climatizadas, materiais pedagógicos adequados e valorização de seus profissionais. Lutar por esses direitos não é apenas legítimo, é necessário.
Nesse contexto, rechaçamos com veemência a perseguição política que tenta atingir os mandatos populares do deputado estadual Hilton Coelho e do vereador Hamilton Assis. Esses parlamentares têm exercido um papel fundamental ao apoiar as mobilizações dos servidores públicos municipais e ao denunciar os ataques aos direitos da categoria.
No dia 22 de maio, durante a votação de um projeto que altera carreiras de servidores, a Câmara Municipal foi palco de truculência e exclusão popular. Na ocasião, Hilton Coelho, Hamilton Assis e Eliete Paraguassu, agiram para mediar os conflitos e garantir o direito democrático de participação da população, sendo injustamente acusados de incitação à “baderna”.
A instalação do Conselho de Ética da Câmara com prioridade para analisar a cassação de Hamilton Assis, bem como a representação aberta contra Hilton Coelho na Assembleia Legislativa, evidenciam uma tentativa autoritária de silenciar quem está ao lado do povo.
A AEPET-BA reafirma que lutar não é crime. Pelo contrário: é dever de todo agente público comprometido com os interesses da população brasileira. Em tempos de retrocessos e ataques à democracia, é preciso reconhecer e apoiar os mandatos que se mantêm firmes na defesa da justiça social, dos serviços públicos e da educação.
Seguimos ao lado dos professores em greve e dos parlamentares que defendem com coragem as lutas populares.
Sem retrocessos. Resistir é necessário.