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A desigualdade de gênero ainda existe e cria vários obstáculos para as mulheres no mercado de trabalho. Uma delas é no mínimo absurda: a ausência de banheiros para as mulheres em algumas empresas.

Na Petrobrás isso ainda acontece. A AEPET-BA recebeu denúncia de associadas que algumas áreas da Unidade de Exploração e Produção da Bahia (UN-BA) só tem banheiro para homens. Uma delas é a COP, na Estação de tratamento de óleo (ETO), em Buracica.

O acesso a banheiros é uma mínima condição de trabalho que todo mundo precisa, mas isso expõe o preconceito contra as mulheres na UN-BA.

Por isso, a AEPET-BA já encaminhou ofício à gerente geral da UN-BA, Marta Vieira Abrão, solicitando a construção de banheiros para as trabalhadoras próprias e terceirizadas. No documento, a entidade solicita retorno de prazos e previsão de orçamento para maior transparência no andamento do pleito.

Essa questão é muito importante para as trabalhadoras. Temos ouvido depoimentos de muitas delas, a exemplo da conselheira Rosangela Buzanelli e da geóloga Patricia Laier, explicando como foi difícil trabalhar sem as mínimas condições e como lutaram para construir banheiros para as mulheres em campos e plataformas da Petrobrás. Sendo uma luta antiga, dá a dimensão de quanto a empresa precisa caminhar na equidade de gênero.

Para a AEPET-BA, o fato de ter uma mulher na gerência da UN-BA é um grande avanço na ampliação da representatividade feminina na Petrobrás. Espera-se que Marta priorize as demandas das trabalhadoras, que ainda enfrentam o machismo na empresa.

Equipamentos de segurança, como EPIs, que respeitem as diferenças de gênero, sem negligenciar a segurança, são elementos essenciais para a humanização do ambiente de trabalho entre mulheres e homens. A equidade de gênero não trata apenas questões relacionadas a representatividade das mulheres, é necessário garantir seus direitos.

A AEPET-BA aguarda retorno da UN-BA sobre prazos e orçamentos para a reforma das instalações operacionais e administrativas das unidades operacionais para que sejam construídos os banheiros femininos. E a reforma dos equipamentos que estão em péssimas condições.

Esses requisitos são essenciais de demonstração do compromisso ético corporativo, de atenção total as pessoas e consecução do protocolo de equidade de raça e gênero.


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