Compartilhe

Mesmo com mudança, política de dividendos inviabiliza os investimentos necessários da Petrobrás

Antes mesmo de anunciar oficialmente o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o papel preponderante da Petrobrás e disse: “A Petrobrás vai parar de mandar todos os dividendos para os acionistas e vai produzir mais gás, óleo, gasoduto e conhecimento científico e tecnológico”.

A fala de Lula está em contradição com as políticas de investimento e de distribuição de dividendos que a gestão Prates está colocando em prática na Petrobrás. No artigo “Prates mantém investimento baixo e dividendo alto na Petrobrás”, Felipe Coutinho, vice-presidente da AEPET, faz detalhada análise destas políticas praticadas nos últimos anos e sustenta que “a atual direção da Petrobrás anunciou a revisão da sua política de remuneração dos acionistas. No entanto, a maior parte da política anterior foi mantida, como o pagamento de dividendos trimestrais e proporcionais ao fluxo de caixa livre”.

E Coutinho conclui: “os resultados históricos e comparativos, da Petrobrás e de grandes petrolíferas, permitem-se concluir que a redução dos investimentos, a níveis insuficientes para manter reservas e produção de petróleo, as vendas de ativos rentáveis, estratégicos e resilientes à queda do preço do petróleo e seus preços conjunturalmente elevados, possibilitaram pagamentos de dividendos altos e insustentáveis pela direção da Petrobrás em 2021, 2022 e até o 2º trimestre de 2023”.

Novo PAC

O governo federal anunciou nesta sexta-feira (11) que o novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) terá investimentos de 1,7 trilhão de reais em quatro anos, considerando recursos da União, estatais e setor privado. Das estatais prevê-se um investimento de R$ 342 bi.

Segundo o plano, a Petrobrás será a protagonista, com investimentos para a conclusão da RNEST, Comperj, 16 novas plataformas para desenvolvimento da produção de petróleo e gás natural, 11 gasodutos interligados, 1 gasoduto de escoamento Rota 3 e o gasoduto do Projeto Sergipe Águas Profundas.

Com informações da Agência Brasil, Reuters e Brasil 247

Fonte: AEPET Nacional


Compartilhe