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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) recentemente decidiu pela redução mínima de 0,25% na taxa Selic. Essa medida, considerada por muitos como tímida diante do atual contexto econômico, levanta preocupações sobre os rumos da economia e expõe a influência política sobre as decisões do BC.

A taxa Selic, atualmente em 10,50%, permanece elevada, prejudicando a possibilidade de uma retomada econômica. Em comparação com países desenvolvidos, as taxas reais de juros no Brasil continuam altas, o que impacta negativamente o investimento produtivo e o crescimento econômico.

Essa política de juros elevados tem implicações na economia brasileira. A dívida pública consome recursos do orçamento nacional, os direcionando para o pagamento de juros e amortizações. Além disso, a manutenção de taxas altas de juros dificulta o acesso ao crédito e desestimula o investimento, o que reflete nas perdas no emprego e na renda das pessoas.

A figura do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ganha destaque nesse contexto. Sua atuação levanta questionamentos sobre a autonomia do Banco Central e sua submissão a interesses políticos e ideológicos. Indicado por Bolsonaro e defensor de uma agenda neoliberal, Campos Neto tem mantido a taxa Selic em níveis elevados, mesmo diante de um cenário econômico favorável, com queda na inflação, recuperação do emprego e aumento dos investimentos públicos e privados.

A decisão do Copom de reduzir a taxa Selic em apenas 0,25%, com a liderança de Campos Neto, evidencia a falta de compromisso com um projeto de desenvolvimento econômico autônomo e soberano.

 

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