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Tivemos a informação de que parte da rede credenciada que atende o nosso plano de saúde AMS, em Salvador, pretende atender os beneficiários até o dia 31 de dezembro. Os credenciados justificam a decisão com base em um comunicado da AMS Petrobrás sobre o fim do plano de saúde da BR Distribuidora e o repasse dos beneficiários para o Bradesco Saúde, uma seguradora privada.

Na realidade, o comunicado da AMS só fez confundir a rede credenciada que desconhece a diferença entre o Plano AMS BR (BR Distribuidora) e AMS Petrobrás (Sistema Petrobrás). A subsidiária, privatizada pela empresa, no início deste mês, divulgou uma nota aos trabalhadores, comunicando que o plano de saúde começará a ser gerido pelo mercado privado, a partir de 01 de janeiro de 2021, com sua carteira entregue ao Bradesco Saúde.

A migração do plano está provocando uma tremenda confusão na rede credenciada com sérios riscos para os beneficiários da AMS Petrobrás, que podem ficar sem atendimento. Vale ressaltar que essas decisões da empresa ocorrem no meio da pandemia da Covid-19, quando os beneficiários necessitam ter tranquilidade e segurança de um atendimento de qualidade.

É importante destacar também que o plano de saúde dos petroleiros vem sofrendo uma série de ataques nos últimos quatro anos. A mais grave, foi a proposta aprovada pelo Conselho da Administração de criar uma associação para gerir a AMS, tirando a administração do plano do RH da empresa.

Outra questão é a mudança do índice base para os reajustes na contribuição dos beneficiários.  Passou dos índices gerais da inflação como ICV/DIEESE, INPC/IBGE ou IPCA/IBGE, para o VCMH (índice da Variação do Custo Médico Hospitalar). “Com isso, passou a haver uma diferenciação entre o valor do reajuste recebido pelos trabalhadores em seus salários e os reajustes no custo do plano de saúde. O resultado tem sido uma perda de salário dos trabalhadores e uma maior oneração no custeio do plano, bem acima dos índices utilizados anteriormente”, explicou o economista do Dieese, Cloviomar Cararine.

Além disso, a Petrobrás pressionou até alterar o percentual de coparticipação no plano que ainda continua sendo 70% correspondente à empresa e 30% trabalhadores. Mas, a partir de janeiro de 2021 passará a ser de 60% e 40% até chegar em 2022 a 50% e 50%.

Para os aposentados e pensionistas está ficando cada vez mais difícil manter a AMS nessas circunstâncias. Este, que é o mais importante benefício dos petroleiros, está sob ameaça de privatização porque se nada for feito, no futuro próximo, poderá passar para as mãos de uma seguradora privada, como agora aconteceu com a AMS BR, prejudicando milhares de trabalhadores da BR Distribuidora.


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