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Foram mais de dez importantes pontos abordados e discutidos pela FNP – Federação Nacional dos Petroleiros, exigindo que a Petrobrás cumpra o acordo firmado com a categoria petroleira

Semana passada, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) participou da reunião de acompanhamento do Acordo Coletivo de Trabalho. Foram diversos pontos debatidos em prol da melhoria da categoria petroleira.

A Federação questionou a dificuldade de acesso dos dirigentes sindicais às unidades, por isso, cobrou a revogação desse padrão antissindical que está impedindo o trabalho das entidades sindicais, sobretudo, em ano de campanha salarial, em que é fundamental a presença dos dirigentes liberados nas unidades para ouvir os trabalhadores e assim garantir a negociação.

Sobre o Benefício Educacional, a FNP cobrou que o sistema de comprovação do benefício reflita a realidade dos empregados da Petrobrás. Além disso, ressaltou que o atual sistema gera desigualdade no acesso. Os trabalhadores das áreas operacionais, por exemplo, têm dificuldades em garantir comprovação do benefício e, consequentemente acabam tendo descontos nos contracheques. Muitas vezes, os trabalhadores necessitam fazer algumas correções, que antes eram orientadas por um “apoio” disponibilizado pela empresa e, hoje, não é mais.

Também foi levado para a mesa de negociação os pontos relacionados à AMS. Foi exigido que a Petrobrás cumpra, de forma imediata, a liminar contra o desconto do equacionamento. Segundo o RH da estatal, este ponto será levado para a mesa da AMS, que ainda vai acontecer.

A ampliação e manutenção da Rede Credenciada também foi debatida e vale lembrar que é uma obrigação do Acordo Coletivo de Trabalho. A empresa reforçou o comprometimento em responder este ponto na mesa de negociação sobre o tema.

Teletrabalho, transferências e banco de horas

Outro ponto questionado foi sobre o regramento do teletrabalho. A FNP exigiu que o tema, inclusive com a questão do reembolso das despesas, seja colocado dentro da negociação de ACT e lembrou que a empresa já teve decisões judiciais contrárias a ela, que a obrigaram a reembolsar seus funcionários em bases da Federação.

Por fim, a FNP exigiu que a empresa abra negociação sobre as transferências e a movimentação de seus empregados, inclusive, para discutir a situação dos cedidos que retornaram à Petrobrás.

Sobre o banco de horas, a Federação exigiu a retomada da negociação e a empresa se comprometeu em marcar uma reunião sobre este ponto específico. Conforme informado no início da matéria, foram debatidos os temas em prol da categoria petroleira, que envolvem benefícios, reembolsos, direitos dos brigadistas, academia, auxílio e outros.

A importância do acompanhamento dos debates

Tanto a FNP, como a AEPET-BA alertam sobre a importância do acompanhamento dos debates por parte da categoria. O cenário atual é bem diferente do que enfrentamos na última negociação de ACT. A empresa teve lucro líquido de R$ 31,14 bilhões no terceiro trimestre 2021, contra prejuízo líquido de R$ 1,55 bilhão no mesmo período de 2020.

Sem mencionar a farra dos acionistas, que ao antecipar a distribuição de dividendos, a empresa terá pagado um total de R$ 63,4 bilhões a eles. Por isso, o momento exige organização e unidade da categoria para combatermos o desmonte da Petrobrás e defender nossos direitos!

(Com informações da FNP)


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