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Petrobrás ainda não fez comunicado oficial, mas a AEPET-BA recebeu a informação de fontes próximas do presidente. Entidade encaminhou carta relatando a precariedade das instalações do coworking, no Suarez Trade

No dia 18/02, a AEPET-BA encaminhou denúncia ao presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, sobre as instalações precárias do coworking, que funciona no Edifício Suarez Trade, em Salvador. Um dia antes, interlocutores de Prates asseguraram que a sede administrativa do Conjunto Pituba voltará a funcionar em breve.

A reabertura do Conjunto Pituba é uma antiga reivindicação da entidade e dos empregados do administrativo do Conjunto Pituba e da RLAM, em situação de excepcionalidade, ou por interesse da empresa, que se encontram trabalhando em teletrabalho ou presencial, no coworking. Na atualidade, cerca de 300 petroleiros diretos e terceirizados dividem o espaço alugado pela empresa.

No documento, a AEPET-BA, com base nas reclamações dos petroleiros, relata à atual gestão da empresa, de forma minuciosa, as péssimas condições de trabalho atuais do coworking.  Inclusive, o descumprimento de normas relacionadas com a saúde e segurança que colocam em risco os trabalhadores.

Instalações precárias

Dentre as irregularidades mencionadas no documento encaminhado à Prates, está o desgaste do piso de cimento, que apresenta muitos buracos no chão. Inclusive, devido à essa condição insegura, oferece risco de acidente por queda de cadeiras. O piso também desprende partículas minerais que contaminam o ambiente de trabalho. As mesas não permitem ajustes e os mobiliários têm pouco espaço entre as pessoas.

Os postos de trabalho não obedecem às orientações da NR-17, no que tange aos requisitos ergonômicos para as condições seguras sem risco de doenças físicas para os empregados.

A quantidade de banheiros não atende a demanda dos trabalhadores diretos e terceirizados. Para usar o banheiro, por exemplo, a espera pode ser longa. O local não tem refeitório, como prescreve a NR 24, as duas minúsculas copas não têm cadeiras, nem micro-ondas, por isso, os empregados, principalmente os terceirizados, são obrigados a usar as escadas de emergência para fazer as refeições. O local não tem vagas no estacionamento do prédio para os petroleiros. Por citar apenas algumas das irregularidades.

Confira na íntegra a carta encaminhada ao presidente da Petrobrás

Ofício nº 03_16.02

Pelo retorno ao Conjunto Pituba

Como alternativa para resolver todos esses problemas, a AEPET-BA reivindica, no ofício, a reabertura do Conjunto Pituba, no Itaigara, e realocar os empregados para essa unidade. O prédio Torre Pituba, onde fica o Conjunto Pituba, está fechado desde agosto de 2021 e parte do mobiliário encontra-se abandonado nas garagens do prédio.

A Torre Pituba foi construído com 22 andares, 2.600 vagas de estacionamento e heliponto tem valor estimado em R$1,4 bilhão, e o aluguel pago mensalmente pela Petrobrás a Petros é de R$ 6,8 milhões, com correção anual pelo índice Nacional de Construção Civil e pelo IPC.

Assim como também há despesas com a manutenção, segurança predial, pagamento de IPTU e outros gastos administrativos.

Leia também – AEPET-BA denuncia péssimas condições das instalações do coworking que funciona em Salvador


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