O conselheiro da Petrobrás, Efrain Pereira da Cruz, apresentou sua renúncia ao cargo no último sábado, 20 de janeiro, em uma carta encaminhada ao colegiado. A decisão ocorre dias após sua saída do posto de secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, cargo que ocupava desde sua indicação pelo ministro Alexandre Silveira. Cruz, que integrava o conselho da petroleira desde abril do ano passado, também declinou da cadeira que ocupava no conselho da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Na carta enviada ao conselho e obtida pela Reuters, Efrain Pereira da Cruz mencionou que era chegada a hora de “sair de cena” e “seguir o próprio caminho”, apesar da “enorme honra” em integrar o colegiado da Petrobrás.
A saída de Cruz abriu espaço para uma nova indicação no conselho da Petrobrás. O Ministério de Minas e Energia formalizou a indicação do advogado Renato Campos Galuppo para ocupar a vaga deixada pelo agora ex-conselheiro. A comunicação foi feita através de um ofício enviado ao presidente do comitê, Pietro Sampaio Mendes.
A indicação de Renato Galuppo foi formalizada pelo ministro Alexandre Silveira, que assegurou que o nome do advogado passou por aprovação prévia da Casa Civil. Vale ressaltar que Galuppo teve uma indicação para o conselho da Petrobrás rejeitada em março do ano passado, devido à sua vinculação com o partido político Cidadania.
O governo, contudo, expressa otimismo quanto à aprovação de Galuppo desta vez. A intenção é que o advogado não ocupe o cargo apenas como um mandato “tampão”, mas permaneça no conselho após a assembleia-geral ordinária prevista para março, a qual renovará os integrantes do comitê.
A Petrobrás informou que a nomeação de Renato Galuppo será analisada pelos demais membros do colegiado e submetida a procedimentos de governança. Em nota, a empresa ressaltou que Galuppo já é membro do comitê de segurança, meio ambiente e saúde do conselho de administração da Petrobrás, e teve seu relatório de integridade recentemente emitido e analisado pelo comitê de pessoas, sem qualquer impedimento para assumir um cargo de administração na companhia.
O conselho da Petrobrás é atualmente composto por 11 membros, sendo seis indicações do governo, quatro dos acionistas minoritários e um eleito pelos empregados.
