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No Dia Internacional da Mulher, 08 de Março, as mulheres vão ocupar às ruas defender suas bandeiras de luta focadas no feminismo e a resistência, além de denunciar a misoginia, violência, o autoritarismo, machismo, racismo.

Na Petrobrás, as trabalhadoras petroleiras enfrentam desafios persistentes mesmo em pleno século XXI, sem jamais desistir da luta. Suas histórias revelam situações de superação, inspiração e determinação.

Elas também estão presentes nos sindicatos, nas federações e nas Associações, contribuindo ativamente na luta em defesa da categoria. O movimento petroleiro feminino por direitos não se resume apenas à busca por igualdade de gênero na Petrobrás. A luta das mulheres petroleiras não se limita a reivindicações específicas. Elas desafiam estruturas machistas, buscando não apenas a inversão de papéis, mas a eliminação da exploração e opressão para todos.

O feminismo, muitas vezes cercado por polêmicas, é um chamado para a igualdade, onde nenhuma pessoa seja excluída ou explorada com base em gênero, cor da pele ou orientação sexual.

 

Denúncias contra os assédios sexual e moral

Em 23/12/2022, o Sindipetro-RJ publicou em seu site uma matéria em que cobrava da Petrobrás medidas para denúncia de assédio sexual, estupro, injúria racial e ameaças dentro das instalações da empresa feita por quatro funcionárias terceirizadas da empresa Vinil.

O caso ganhou repercussão midiática nacional após a publicação de uma reportagem em um canal de notícias no dia 21/03/2023. Após denúncia no Ministério Público, a empresa informou que o petroleiro denunciado como assediador foi demitido.

O Sindipetro-RJ vinha há meses exigindo que a Petrobrás concluísse a apuração das denúncias e adotasse as medidas cabíveis. Para tanto, o Sindicato enviou ofício e participou de reuniões com a Ouvidoria Geral, RH e Gerência Geral da unidade em questão, sempre exigindo providências, respostas às denunciantes e, sobretudo, proteção e amparo a elas.

O sindicato continua realizando várias ações na luta contra o assédio e mantém o e-mail diversidade@sindipetro.org.br para receber denúncias das trabalhadoras.

 

Organização das petroleiras

Em nível nacional, é importante a organização das mulheres. Em 2023, entre os dias 23 e 25 de maio, sob o tema “Nunca mais sem Nós”, mulheres petroleiras ligadas às duas federações se reuniram para discutir assuntos caros à luta e resistência das mulheres. O objetivo desse primeiro encontro foi tirar diretrizes de enfrentamento e instrumentalização para combater as formas de opressão que se apresentam nos ambientes políticos, de trabalho e também nos familiares.

Além disso, a participação das mulheres petroleiras na sociedade não é pacífica, longe disso. A presença e a voz das mulheres petroleiras causam desconforto em um sistema sexista, machista e racista, mas elas persistem, erguendo suas vozes em busca de justiça, equidade e condições dignas de trabalho. Enfrentam resistência, questionamento constante sobre sua competência e a necessidade constante de lutar pela ocupação, respeito e permanência em espaços de gestão, política e liderança.

Ao longo dos anos, a indústria de petróleo e gás tem sido notoriamente resistente à promoção do equilíbrio de gênero. A participação feminina ainda é significativamente baixa, representando apenas 22% da força de trabalho no setor globalmente, segundo dados do Boston Consulting Group (BCG). No Brasil, a Petrobrás, principal empresa do setor, teve apenas uma mulher como executiva principal em seus 70 anos de existência.

Em meio a isso, é possível notar um progresso tímido. Algumas empresas no Brasil começaram a alinhar seus planos estratégicos à equidade de gênero. A criação do Comitê de Diversidade pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) é um passo importante, visando atrair e desenvolver talentos femininos na indústria do petróleo.

No entanto, as mulheres petroleiras continuam a desafiar estereótipos e preconceitos, defendendo não apenas seus direitos específicos, mas também a construção de um ambiente de trabalho mais inclusivo, justo e equitativo para todas as pessoas. E essa luta não deve ser somente delas.

Em 2024, no Dia Internacional da Mulher, a mensagem é clara: a luta continua, e as mulheres petroleiras estão na vanguarda dessa batalha, inspirando outras a se unirem por um futuro mais igualitário, e pedindo o apoio de toda a sociedade para ir adiante.

 

Programação

A AEPET-BA também tem desenvolvido algumas ações em defesa das mulheres petroleiras. Inclusive, ampliando a paridade de gênero nos cargos ocupados na Diretoria Executiva e no Conselho Fiscal. Temos igualdade de gênero.

Para comemorar o 8 de Março, a Associação convida as petroleiras a participar da Marcha Mundial das Mulheres. Em Salvador, a concentração se dará a partir das 13h, na Praça do Campo Grande. O tema da marcha este ano é “Mulheres na luta, em defesa dos nossos corpos, territórios e identidades! Por democracia, contra a violência e exploração!”

Neste mês, a Associação vai realizar uma live com convidadas especiais que vão falar das lutas e da organização das mulheres petroleiras. Aguarde a programação.


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