Os participantes ativos e assistidos que contam com o empréstimo Petros têm até hoje (03/08) para solicitar a suspensão temporária do pagamento das parcelas nos meses de agosto, setembro e outubro. A suspensão é opcional, então quem não se manifestar a Petros seguirá com as prestações sendo cobradas normalmente.
Em abril, a AEPET-BA, encaminhou pedido ao fundo de pensão para suspender de imediato a cobrança de todos os empréstimos pessoais administrados pela Petros durante seis meses; alongamento do prazo dos empréstimos e redução da taxa de juros. Só no dia 21 de julho, a Petros atendeu parcialmente a solicitação da Associação e de outras entidades de petroleiros.
Com essa iniciativa, a Associação buscou alternativa para tentar minimizar os impactos nos contracheques dos trabalhadores depois dos descontos abusivos do plano de saúde somados com os do equacionamento da Petros. Petroleiros com menor renda e mais idade estão sendo mais atingidos com as decisões unilaterais da Petrobrás, que por exemplo na AMS, fez alterações no custeio, nos critérios do saldo devedor e na margem consignável de 13%.
Entretanto, o modelo escolhido pela Petros para a suspensão temporária não seguiu as reivindicações da AEPET-BA. Com prazos menores e manutenção de juros, pouco ajuda aos participantes e assistidos. Além disso, o prazo para optar pelo empréstimo foi pouco, foram 14 dias apenas para avaliar a proposta. É possível que muitos trabalhadores, devido à pressão, optem pela suspensão temporária sem ter se aprofundado nas finanças pessoais.
O prazo dado para a suspensão temporária foi de apenas três meses. Nesse período, inclusive, o participante continuará tendo descontados no seu contracheque os valores referentes à taxa de administração do contrato e ao Fundo de Quitação por Morte (FQM), que variam de acordo com o plano. Os juros e a correção referentes ao período de suspensão do pagamento serão somados ao saldo devedor, seguindo a taxa prevista no contrato. Isso fará aumentar a dívida.
Por isso, recomendamos muita cautela e se puder não opte pela suspensão do empréstimo. Porém, entre a opção de suspender o empréstimo e recorrer a outras instituições que cobram juros ainda mais rigorosos, fique com a Petros.
É preciso ter cuidado com o superendividamento, pois desde o dia 02 de julho entrou em vigor a Lei N° 14.181/21 (conhecida como Lei do Superendividamento) que impõe regras aos devedores. Para evitar surpresas torna-se necessário verificar se diante das circunstâncias, é melhor optar pela suspensão temporária ou se é melhor manter o pagamento do empréstimo, organizando as finanças sem aumentar o endividamento.
O momento atual exige grandes sacrifícios e a AEPET-BA se associa a cada uma das famílias impactadas com os aumentos absurdos da AMS e os custos dos equacionamentos do déficit da Petros e buscará para que sejam disponibilizados todos os meios que atenuem os desgastes financeiros e manter a nossa paz espiritual e financeira.
Como fazer para pedir a suspensão temporária
As solicitações para a suspensão temporária devem ser feitas das 7h às 22h no Portal Petros (www.petros.com.br) ou pelo aplicativo. O participante e assistido deve acessar a seção “Empréstimos”, clicar em “Solicitação de empréstimos”, e, em seguida, ir para “Suspensão temporária por 3 meses”. Depois, selecione o contrato e clique em “Suspender”.
Em caso de dúvidas, entre em contato com a Petros no “Fale conosco” ou chat online. Se preferir, ligue para a Central de Relacionamento – 0800 025 35 45 e (21) 3529-5550, para ligações pelo celular -, que funciona das 8h às 20h.