AEPET-BA apoia a iniciativa das federações e participará ativamente das mobilizações
Sem avanços nas negociações, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiram retomar a mobilização e indicaram nova paralisação no Sistema Petrobrás. A AEPET-BA manifesta seu total apoio à iniciativa da greve, reconhecendo a importância da luta por direitos, melhores condições de trabalho e valorização dos trabalhadores da companhia.
Em reunião realizada no dia 14/05, as federações decidiram pela continuidade da greve de advertência realizada no dia 26/03, com a indicação de uma nova paralisação de dois dias. A greve está programada para começar às 7h do dia 29 de maio e terminar às 19h do dia 30, como forma de protesto diante da ausência de avanços nas negociações com a Petrobrás.
As entidades consideram inaceitável que a Petrobrás continue priorizando a ampla distribuição de dividendos aos acionistas, enquanto impõe um plano de redução de custos e cortes na remuneração variável dos trabalhadores. A insatisfação da categoria se intensificou após a declaração da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard. Um dia após anunciar lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025 e a distribuição de R$ 11,72 bilhões em dividendos, Chambriard afirmou que a empresa atravessa uma fase de cortes e austeridade.
Para as federações, é inadmissível que, mesmo com lucros expressivos, os trabalhadores continuem sendo penalizados. Os petroleiros também exigem melhorias nas condições de segurança no Sistema Petrobrás e denunciam a prática de subnotificação de acidentes de trabalho, como ocorreu recentemente na plataforma Cherne 1, uma postura que não condiz com a dimensão e responsabilidade social da empresa.
Com o objetivo de fortalecer a luta, mantendo o diálogo aberto com a empresa, as federações elaboraram uma contraproposta unitária que será apresentada à Petrobrás. A proposta foi construída de forma conjunta pela FUP e FNP, a partir das sugestões do comitê de base formado por trabalhadores do regime administrativo.
As assembleias serão realizadas em todas as bases, a partir da próxima semana, para formalizar a já evidente rejeição à proposta apresentada pela empresa.
Participe da greve!
Não podemos aceitar retrocessos! A luta pela manutenção do teletrabalho, pela redução da jornada e por condições dignas de trabalho continua. Esta greve é uma resposta firme e necessária ao autoritarismo da atual gestão da Petrobrás, que insiste em ignorar o diálogo com os trabalhadores.
A sua participação é fundamental! A greve será decisiva para garantir a preservação dos nossos direitos e demonstrar a força da categoria. Em breve, entraremos na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), e uma categoria unida e mobilizada fará toda a diferença.
Vamos mostrar que os petroleiros e petroleiras da Bahia não se curvam diante de ameaças. Com coragem e unidade, vamos transformar essa greve em vitórias concretas.
Junte-se à mobilização! Participe da greve!