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A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) se reuniram com a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, no dia 05/08, no Rio de Janeiro para discutir demandas da categoria. A presidenta recebeu as entidades em horários diferentes.

Com tempo menor que o planejado, a FNP conseguiu expor problemas críticos e mais urgentes para a categoria, como teletrabalho e Petros, por exemplo.

O encontro, que terminou cerca de 15 minutos antes do planejado por conta de um compromisso inesperado da presidente, serviu para que a FNP levasse, de forma direta, demandas da categoria. A Federação discutiu pontos de uma carta enviada previamente à presidente, onde, entre as muitas demandas, coloca seu corpo técnico e jurídico à disposição da Companhia, além de fazer sugestões para um modelo de gestão mais eficiente.

Na carta foram apresentados, ainda, propostas para a reconstrução da Petrobrás denominados “10 pontos para uma Petrobrás mais voltada para os brasileiros”.

Entre esses pontos estão a sugestão da retomada do papel da Petrobrás em estados em que a estatal encerrou as atividades, sobretudo a região Nordeste, onde houve grandes descobertas na camada do pré-sal. Entre as propostas está a cessação imediata da venda de ativos.

A AEPET-BA apoia a FNP na luta pela reconstrução da empresa, bandeira defendida há muito tempo pela entidade. É de extrema importância que a presidenta Magda Chambriard inicie as gestões para recuperar ativos vendidos, hibernados e arrendados nas regiões Norte e Nordeste. Foram essas regiões mais atingidas com o programa de destruição da empresa, no governo de Jair Bolsonaro.

 

 Os 10 pontos e as propostas da FNP

1- Acabar com o PPI (Preço de Paridade de Importação) para reduzir o valor cobrado para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha. O preço dos combustíveis deve ter como referência os custos internos de produção e refino – um dos mais baixos do mundo.

2- Diminuir a margem de lucro da Petrobrás e dos distribuidores privados, que está em 328% no litro de gasolina e 401% no litro do diesel, para garantir preço justo nos combustíveis.

3- Resgatar a Petrobrás como empresa integrada de energia, do poço ao posto, com a anulação dos leilões, concessões e privatizações, passando pela BR Distribuidora, refinarias, subsidiárias, termelétricas e setor petroquímico.

4- Retomar a construção das refinarias de Abreu e Lima (PE), COMPERJ (RJ), Premium I (MA) e Premium II (CE), para garantir a autossuficiência nacional; e recuperar as fábricas de fertilizantes alugadas, vendidas ou hibernadas, para garantir a soberania alimentar do país.

5- Reservar parte do lucro para a transição energética, viabilizando ações de preservação ambiental em todo o país e a construção de uma matriz renovável que proteja o planeta, com investimento em energias alternativas e renováveis, como a eólica, a solar e os biocombustíveis. Utilizar o gás natural como fator de transição da matriz fóssil para uma matriz energética renovável.

6- Retomar o papel da Petrobrás nos Estados onde encerrou atividades, especialmente no Nordeste, região com grandes descobertas na camada do pré-sal.

7- Criação de um imposto de exportação de óleo cru, direcionando os recursos para saúde, educação, transporte e cultura, meio ambiente e desenvolvimento da indústria nacional, com a criação de empresas estatais de construção civil, serviços e tecnologias.

8- Pela retomada de concursos públicos, valorização da força de trabalho e fim da terceirização, incorporando todos os contratados pela Petrobrás. Readmissão dos demitidos políticos reconhecidos pelo movimento.

9- Gestão com transparência, democracia e constante fiscalização pelos trabalhadores e população, a fim de evitar corrupção, nepotismo, apadrinhamentos e demissões injustificadas. Eleição da Diretoria e elaboração do plano estratégico pelos trabalhadores, com controle popular.

10- Retomar uma Petrobrás 100% estatal, recomprando suas ações – especialmente negociadas na Bolsa de Nova York – e fechando seu capital. Além disso, restituir o monopólio estatal do Petróleo e Gás.

PARA MAIS DETALHES, LEIA AQUI A CARTA NA ÍNTEGRA


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