Empresa deve apresentar uma proposta hoje (10/10)

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) deu início às negociações com a Petrobrás sobre o acordo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2024, em reunião realizada no Rio de Janeiro. A principal demanda da FNP é por uma PLR que contemple todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás de forma justa e igualitária, atingindo o valor máximo de 25% dos dividendos distribuídos aos acionistas.

A FNP destacou sua posição histórica em defesa de uma PLR integrada, que beneficie empregados da holding, Transpetro, PBIO e TBG. Os dirigentes sindicais enfatizaram a importância de garantir que todos os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás sejam contemplados de forma igual, em oposição à política dos últimos anos, que privilegiou programas como o Programa de Reconhecimento do Desempenho (PRD) e o Programa de Prêmio por Performance (PPP).

Segundo a FNP, esses programas foram utilizados como instrumentos para favorecer a privatização da empresa, desviando recursos que deveriam ser destinados à remuneração variável dos trabalhadores. A Federação exige que os valores destinados ao PRD e PPP sejam incorporados na PLR, reforçando a ideia de uma distribuição justa dos lucros.

Eduardo Henrique, secretário-geral da FNP, ressaltou: “Queremos uma proposta que inclua todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás. Isso já foi feito no passado e pode ser feito novamente. Defendemos uma PLR máxima e igual, correspondente a 25% dos dividendos.”

Adaedson Costa, também secretário-geral da FNP, reforçou a importância do tema: “Se a proposta da empresa não atender às nossas expectativas, vamos discutir com a base e, se necessário, mobilizar a categoria.”

A expectativa é que a Petrobrás apresente a primeira proposta de acordo nesta quinta-feira, 10 de outubro. A FNP permanece firme em sua luta por uma PLR que valorize a contribuição de todos os trabalhadores na construção da riqueza da empresa. A categoria petroleira acompanha de perto as negociações e está pronta para agir caso a proposta não corresponda aos anseios da categoria.