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O preço médio do combustível no estado da Bahia está custando em média R$ 6,05, a mais alta desde o mês de julho, quando a Associação dos Engenheiros da Petrobrás, núcleo Bahia (AEPET-BA) iniciou o acompanhamento dos preços médios dos derivados nos estados em que estão localizadas as refinarias do país. Os dados analisados são divulgados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Nos resultados da última semana, 06 a 12 de agosto, enquanto os preços da gasolina na Bahia variam de R$ 5,44 a R$ 6,74, em Minas Gerais, onde está localizada a Refinaria Gabriel Passos da Petrobrás, a média do combustível está em R$ 5,22, com preços entre R$ 4,75 e R$ 5,99, valores que não chegam nem perto do preço máximo de revenda praticado na Bahia.

No Diesel S10, a história se repete. Nos postos baianos, o combustível é vendido, em média, por R$ 5,47. Já os mineiros, pagam, em média, R$ 4,91 pelo litro do óleo Diesel.

Dentre os estados acompanhados, a Bahia com a Refinaria Landulpho Alves, privatizada em 2021, é o segundo estado com os derivados mais caros, ficando atrás apenas do Amazonas e da Refinaria Isaac Sabbá, vendida em 2022.

Acompanhe com a AEPET-BA os preços dos derivados comercializados no país.

 

Aumento de 16,3% e 25,8% da Petrobrás nos derivados

Apesar de se beneficiar com preços reduzidos, quando comparados aos dos estados das refinarias privatizadas, estados abastecidos pela Petrobrás devem pagar mais caro nos combustíveis nos próximos dias. Isso porque a estatal anunciou aumento de 16,3% na gasolina e 25,8% no Diesel.

Os novos valores já começam a ser cobrados pelas refinarias a partir desta quarta-feira, 16 de agosto, e logo devem chegar às bombas e ao consumidor.

A Petrobrás justificou o aumento devido “à consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, tornou-se necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a companhia”.

A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) classifica o fim do PPI (Preço de Paridade de Importação) como uma farsa. Desde maio, a entidade vem alertando sobre os vieses duvidosos da extinção da política.

A AEPET alerta que a elevação dos preços ocorre depois de importadores e porta-vozes dos controladores de refinarias privatizadas protestarem que os preços estariam defasados em relação ao mercado internacional, após alta das cotações do petróleo. Imediatamente após o anúncio do aumento, as ações da Petrobrás tiveram acentuada alta nas Bolsas de São Paulo e Nova Iorque.

Quem perde é o brasileiro e a economia nacional, com inflação mais alta e redução da produtividade.

Confira – Direção da Petrobrás aumenta diesel em 26% e gasolina em 16%, PPI só acabou na retórica

Lamentamos que a Petrobrás tenha sucumbido à pressão de parte da mídia e dos integrantes do cartel de importadores de combustíveis quando optou pelo lucro. A empresa é a terceira empresa de petróleo, em lucro, e não precisaria aceitar reajustar os preços dos derivados do produto, causando inclusive desserviços ao povo e ao governo Lula e com a possibilidade de incidir no aumento da inflação.

A diretoria da Petrobrás precisa ter compromisso com o povo brasileiro e com o governo eleito e não com os acionistas internacionais. A empresa pode perfeitamente operar com preços compatíveis com a renda média nacional e ainda ter lucros suficientes para reinvestir e distribuir.


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