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O ex-presidente do Sindipetro-BA, Germino Borges dos Anjos, lembra a histórica greve iniciada em 07 de julho de 1983, que paralisou as duas principais refinarias do país: Paulínia (Replan), em São Paulo, e Landulpho Alves (Rlam), em Mataripe, na Bahia.

A greve produziu intensos embates com a ditadura militar.  A dimensão política da greve teve impacto decisivo no processo de redemocratização do Brasil que já estava em curso.

Na época, atendendo às determinações do FMI, o governo militar aumentava os juros para conter a inflação e cortava despesas, chegando ao ponto de baixar, em maio daquele ano, o Decreto-Lei 2.025, que extinguiu todos os benefícios dos empregados das empresas estatais.

Passadas mais de quatro décadas, a AEPET-BA rememora a data da histórica greve de 83, apontando também as sequelas que perduram até os dias de hoje, na medida em que a anistia segue incompleta no Brasil, onde muitos dos princípios da justiça de transição seguem pendentes de aplicação.

A maioria dos petroleiros demitidos na greve foi anistiada readmitida aos quadros da empresa com novo contrato de trabalho, obtendo, através da Comissão de Anistia, a reparação pelos danos sofridos. Muitos outros, como Germino Borges, continuam em luta pela reparação financeira.


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