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Flávio Diniz Fontes, vice-presidente da AEPET-BA

Grandes avanços da humanidade deveram-se aos visionários que sonharam fora da realidade concreta. Na busca dos sonhos, incompreensão e cegueira conduziram alguns à prisão e à morte. Temos na história, estadistas visionários que construíram uma nação e não um país. Um bom exemplo é Getúlio Vargas que com a criação da Petrobrás legou a soberania e identidade para o Brasil.

Partindo do zero: refinarias, oleodutos, rede de distribuição de derivados, plataformas, petroquímicas, centro de pesquisas e outros empreendimentos se desenvolveram no país, em especial, a Engenharia brasileira. Escolas e profissionais foram preparados para dar suporte a empresa e o Brasil se desenvolveu. Na base estava a Petrobrás.

Os fatos que antecederam o dia 03 de outubro de 1953, data da criação da Petrobras, lembram os dias de hoje. Discussões e argumentos parecidos com os atuais destacando-se os princípios e valores a nortearem o próximo governo: público ou privado, social ou empresarial, capital produtivo ou rentista e preservação ou destruição do meio ambiente. Dicotomias originadas no neoliberalismo e presentes nas eleições deste ano.

Os 69 anos da Petrobras, com tantos serviços ao País e à Engenharia, não podem passar em branco! Triste é constatar a mudança: de orgulho nacional a vilã do custo de vida, fruto de submissão entreguista. Causa consternação ver empresas fechadas, empregos perdidos, obras paralisadas, contratos suspensos e compras canceladas. Todos sabem a origem do desserviço!

A Associação de Engenheiros da Petrobras Núcleo Bahia – AEPET-BA, espera do próximo governo, em 2023, a defesa da soberania nacional, uma Petrobrás estatal, integrada e o resgate do fundo social do pré-sal. Que sejam corrigidos a curto prazo: o esquartejamento da Petrobrás, hoje submetida ao capital internacional e que o retorno dos investimentos resgate o país e a Engenharia brasileira.

Que nos primeiros atos do novo governo estejam a reestatização da Petrobrás, da Eletrobrás e da RLAM, na Bahia. Assim como o fim do PPI – Preço de Paridade Internacional que traz sacrifícios à população com aumentos generalizados de preços. Essas ações contribuirão para a redução da taxa de desemprego, a proteção do cidadão e a construção do Brasil Nação.

A Petrobrás é o maior exemplo de que o Brasil pode garantir soberania e segurança energética para seu povo. A empresa precisa voltar a ser a mola do desenvolvimento do país, com investimento nas áreas produtoras de petróleo. A Petrobrás estatal e integrada trará de volta o orgulho de ser brasileiro!

 

 

Publicado no Jornal A Tarde do dia, 03 de outubro de 2022


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